Manaus (AM) – Médicos e estudantes de medicina de Manaus são os responsáveis por um projeto que ajuda comunidades carentes e ribeirinhos, tanto na capital quanto no interior do Amazonas. O grupo é chamado de Ação dos Estudantes Solidários Adventistas de Manaus (AESAM) e a próxima ação acontece no dia 31 de julho.
De acordo com o farmacêutico Elton Guilherme Ribeiro, um dos fundadores do projeto, a AESAM iniciou as atividades no início de 2011, após estudantes da área de saúde sentirem a vontade de colocar em ação o conhecimento e o talento para o cuidado que possuíam.
Elton Guilherme conta que as atividades acontecem duas vezes ao mês e a escolha dos locais para realizar o trabalho voluntário acontece quando empresas ou outras pessoas entram em contato com o grupo pelas redes sociais ou pessoalmente. Além da ação, os médicos também levam às comunidades, alimentos, remédios e outros suprimentos.
“Muitas das pessoas que estavam no início continuam hoje como profissionais, agora já formados. Desde o início, o foco era levar atendimento e assistência (enfermagem, médico, odontológico, psicológico, nutricional etc) para comunidades ribeirinhas e do interior do nosso Amazonas. Mas com o passar do tempo e interesse de pessoas, que não eram da área da saúde, em participar, expandimos o nosso trabalho, ajudando em reformas de casas, visitando leitos dos hospitais, levando músicas e palavras de incentivo, construção de fossas em comunidades, doação de cestas básicas, roupas”,
relata o farmacêutico.
Desafios
Durante as viagens do grupo para levar assistência social às comunidades, Ribeiro relata que já enfrentaram situações difíceis, que resultaram em ótimas histórias.
“Nestes anos que passaram, já enfrentamos muitas situações e várias histórias para contar. Picada de cobra, naufrágio, enfrentando a BR 319, quebra de barco, mas continuamos seguindo firme. É um trabalho voluntário, os nossos materiais odontológicos, medicamentos, transportes e tudo mais, é pago por cada um”,
completou.
O farmacêutico afirma que o sentimento de gratidão é o que o motiva quando a mudança de vida pode ser proporcionada aos pacientes.
“Cada vez que participo, me sinto muito bem, acho que chega a ser mais gratificante para mim do que para as pessoas ali atendidas. Não vou falar que não é cansativo, mas é muito compensador”,
conta.
Gratidão
Alessandra Pantoja faz parte do grupo ativamente desde 2018, quando passava por uma depressão. Pantoja se emociona ao relatar sobre o momento difícil que enfrentou e confessa que precisava de uma motivação em sua vida.
“Eu precisava me sentir útil, e é algo que mexe muito comigo. Não só por ter me ajudado a sair da depressão, mas pelo fato de eu estar envolvida, poder dar um pouquinho de mim, do meu tempo para ajudar outras pessoas. Muitas vezes não somos agradecidos com palavras, mas a gente vê o sorriso de uma criança, de uma mãe, de um pai. Então, para mim, isso é o mais gratificante”,
lembra a voluntária.
O médico Daniel Marques também é voluntário e lembra de sua origem humilde quando atende os pacientes durante as ações sociais.
“Eu sinto uma realização muito grande em poder ajudar, aprender e, às vezes, ensinar outros colegas. Eu nem digo que estou ajudando e sim que estou sendo ajudado. Pois cada vez que eu volto, eu fico mais feliz em poder fazer o mínimo, mas que é importante para muita gente”,
relata o médico.
Aos interessados em fazer parte do grupo, basta entrar em contato com a direção ou pelas redes sociais da Aesam no Instagram (@sigaaesam) e no Facebook (Aesam). Após o contato, os responsáveis irão adicionar os novos membros ao grupo e estes, são chamados para a ações sociais.
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Quero ajudar essa pessoas q precisam, vó me forma em enfermagem pra ajuda aqueles q precisam de saúde básica