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Contexto

Fieam reage a ataques à ZFM: “Aqui não é a economia das sombras, que não emite nota fiscal”

O vice-presidente da FIEAM, Nelson Azevedo, reagiu aos ataques de parlamentar contra a ZFM

Foto: Divulgação

Ferrenho inimigo da Zona Franca de Manaus, o deputado federal Alexis Fonteyne (Novo-SP) chamou-a de “excrescência” e propôs que o modelo se recicle, mude para a bioeconomia, vire um call center e suas empresas sejam todas transferidas para o parque industrial de São Paulo.

Em nota à coluna, o vice-presidente da FIEAM, Nelson Azevedo, reagiu aos ataques. “Uma fala típica de quem busca votos a qualquer custo e isso não é bom. Aqui, geramos 550 mil empregos diretos e indiretos, e o nosso concorrente é a economia das sombras que não emite nota fiscal”, respondeu Nelson.

“A nota fiscal é o nosso jeito transparente de prestar contas da contrapartida fiscal que a União nos oferece para beneficiar o Brasil. Venha nos visitar, excelência, venha conhecer a harmonia entre economia e ecologia que conseguimos construir”, desabafou Nelson, refutando Fonteyne.

Coerência fiscal

Na nota em que desanca Alexis Fonteyne, Nelson Azevedo explica que a ZFM utiliza 7,9% dos incentivos fiscais do Governo Federal e sempre presta contas detalhadas do que faz com a compensação tributária.

“O Sudeste, onde atua o deputado Fonteyne , a região mais próspera do Brasil, usufrui de 59% dos incentivos fiscais do Brasil, para impulsionar mais ainda seus negócios. Segundo o Tribunal de Contas da União, apenas a Suframa, autarquia que administra a ZFM, presta contas à Receita e ao contribuinte. Aonde está a excrescência?”, destaca o líder empresarial.

“Nenhum centavo”

Conforme Azevedo, o Governo Federal não investe um centavo para a estruturação e funcionamento da ZFM. “Cabe à Receita fiscalizar o cumprimento do contrato e coletar tributos. Somos o quinto maior contribuinte do Fisco, nunca fomos paraíso fiscal”.

“No Polo Industrial de Manaus, fomos transformados em exportadores de recursos para a União. Para sermos exatos, o poder público arremata 75% de toda a riqueza aqui gerada”, dispara Nelson.

Empregos em SP

Ainda em resposta ao desinformado deputado paulista, Nelson Azevedo enfatiza: “Os benefícios ao país não param por aí, nós compramos a maior parte de nossos insumos no Sudeste, principalmente em São Paulo, onde geramos mais empregos que em Manaus. Ou seja, existe a ZF paulista, que exporta para Manaus com as mesmas vantagens de exportação para o exterior. Isso é também uma excrescência?”

“Ao oferecer 550 empregos, mantemos a floresta com 95% de preservação da cobertura vegetal. Isso permite que a umidade aqui produzida, transportada em água em estado gasoso, para o resto do país, são os rios voadores que a Ciência definiu, um benefício para o agronegócio e reservatórios do Sudeste, gratuito, e que cessará se a população precisar de mais empregos que o Call Center oferece e usar a mata para sobreviver”, diz Azevedo.

Pauderney alerta

Por conta de ataques virulentos, como o de Alexis Fonteyne, o pré-candidato a deputado federal Pauderney Avelino (UB) declarou a necessidade de “vigilância constante” na defesa da ZFM.

A manifestação ocorreu durante visita a Caloi Norte S.A, na terça-feira (26), quando Pauderney criticou o Governo Federal pelas sucessivas medidas de hostilidade a ZFM, como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que atinge a ZFM, prejudicando, por tabela, o polo de duas rodas.

Farra liberada

Em pleno período eleitoral, o Congresso Nacional aprovou um projeto que atropela a regra que proibiria repasses financeiros de emendas parlamentares para quase 50 cidades em 20 estados.

O projeto vai garantir a validação de emendas para mobilidade urbana da ordem de R$ 2,8 bilhões neste ano de 2022, o que afronta a legislação eleitoral.

O projeto altera a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2022 para que a farra de recursos, oriundos de emendas, seja liberada.

Biodiversidade

O Governo do Estado Estadual, por meio do Escritório de Representação do Estado do Amazonas em São Paulo, promove, nesta quinta-feira (28), o evento “Biodiversidade e Oportunidade de Novos Negócios no Amazonas”, que ocorrerá nas dependências da Associação Brasileira da Indústria Têxtil – ABIT, localizada no bairro de Higienópolis, na capital paulista.

O evento, coordenado pelo Chefe do ERGSP, Doutor Alfredo Monteiro Lins de Albuquerque, contará com a participação do Secretário Executivo de Indústria da SEDECTI, José Jhones Correa Lima, e do membro da Assessoria da Superintendência Adjunta de Planejamento e Desenvolvimento Regional da SUFRAMA, Renato Mendes Freitas.

O evento é especialmente direcionado às empresas da indústria têxtil, com o intuito de atrair investimentos do setor para o Estado do Amazonas.

Novas armas

Números da Polícia Federal mostram o crescimento da compra de armas no Amazonas entre 2018 e 2019, quando o presidente Jair Bolsonaro chegou ao Palácio do Planalto.

O comércio de armas cresceu 86,2%, diz a PF, observando que a média anual de entrada de armas novas em circulação entre 2019 e 2022, é de 671,5, mas relevando apenas seis meses.

Dirceu/Dilma

Em entrevista a Band News, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (PT) negou a existência do “mensalão” em que foi condenado e depois absolvido pelo Supremo Tribunal Federal.

Para ele, o “mensalão” foi um caso apenas “político”. Na entrevista, defendeu a ex-presidente Dilma Rousseff, que na semana passada chegou a trocar farpas com o também ex-presidente Michel Temer.

“Certas coisas não se pode apagar. Houve um golpe, ele era vice-presidente, a Dilma jamais violou a Constituição. Eu, por exemplo, fui condenado no chamado mensalão, que nunca existiu”, disse Dirceu, que lança livro de memórias nesta quinta-feira em Manaus.

Bancada Delas

Mulheres que fazem parte da Bancada Delas, do PSD, já começam a agitar as redes com suas candidaturas à Câmara Federal.

Com mensagens que estimulam a participação feminina na política, as conselheiras tutelares Kiky Anjos, Adelyane Lobato, Nivia Abrahão, Marinez Paz e Rosália Bernardino dizem que estão na disputa para valer, em busca de maior espaço para a mulher na política parlamentar.

Redução de multas

A baixa aplicação de multas contra a mineração ilegal no país, por parte da Agência Nacional de Mineração (ANM), deverá ser investigada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), a pedido do deputado federal Elias Vaz (PSB-GO).

O parlamentar diz ser suspeita a queda de 69% na emissão de autos de infração no atual período.

Dados do Ministério de Minas e Energia apontam que entre 2015 e 2018 o valor das multas alcançou R$140,8 milhões, enquanto em 2022 o valor caiu, de forma preocupante, para R$ 5,6 milhões.

Manifesto forte

A adesão da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), além de grupos de banqueiros, fortaleceu o manifesto em defesa da democracia e do sistema eleitoral do país a ser lançado em ato na Faculdade de Direito da USP no dia 11 de agosto. O manifesto já conta mais de 60 mil assinaturas.

Dentre outros pesos pesados, assinaram o documento: Luiz Fernando Figueiredo (Grupo Mauá), Luis Stuhlberger (Verde), Rodrigo Rocha Azevedo (Ibiúna), Demóstenes Madureira de Pinho Neto (BWGI), Claudio Haddad (Insper), Luis Terepins (Even) e Amarílio Macedo (J.Macedo), além de economistas como Affonso Celso Pastore, Elena Landau, Edmar Bacha e Francisco Gaetani.

Regeneração amazônica

Entre 1988 e 2020, 457 474 quilômetros quadrados foram desmatados na Amazônia brasileira, uma área maior que a da Itália, diz estudo do pesquisador Felipe Rossetti de Paula, pós-doutorando da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP).

Publicado no periódico Science of The Total Environment, o estudo, entretanto, apesar do desmatamento sem freios dos últimos quatro anos, estima que 120 mil quilômetros quadrados de área desmatada estão se regenerando por processos naturais.

Fracasso

De acordo com o site Notícias ao Minuto, a dose de reforço da vacinação contra a Covid-19 não vingou no Brasil, não conseguindo atingir 50% da população.

Depois de um ano e meio da campanha nacional em marcha, a quarta dose ficou em 46,7%, ou seja, atingiu apenas 21,5 milhões de brasileiros.

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