Todos se lembram da queda do Muro de Berlim, em 1989, com o fim da União Soviética. Ali, a humanidade chegou a imaginar que o mundo seria melhor, que haveria verdadeiro respeito à autonomia dos povos, à democracia e aos direitos de fronteira, enfim, respeito aos mais elementares direitos humanos.
Com o Muro no chão, muitos pensaram que o mundo havia encerrado a barbárie e que um novo “boom” de pleno progresso e paz seria iniciado, com os países convivendo em perfeitas relações de boa vizinhança. A chamada Guerra Fria seria varrida para sempre dos livros de história e da memória de quantos sonharam e lutaram contra as ditaduras.
Mas, o tempo passou e logo surgiram novas conflagrações, algumas causadas por competições econômicas, outras por desentendimentos religiosos ou ideológicos, até se chegar ao atual quadro de tensão entre Rússia e Ucrânia, com os Estados Unidos, premidos por interesses geopolíticos e econômicos, dispostos a tudo.
E eis que o mundo voltou a ficar inseguro, à mercê das idiossincrasias das chamadas grandes potências. De um lado, Vladimir Puttin defende a “segurança indivisível” da Rússia em relação a Ucrânia. Do outro, o norte-americano Joe Biden tamborilando a velha cantilena da democracia ocidental, uma cantilena que, no fundo, sempre viveu de guerras.
Especialistas em política internacional afirmam que a crise ucraniana mostra que os EUA não mandam mais no mundo sozinhos, como ocorreu até cair o Muro de Berlim. A Rússia e a China possuem consciência disso e não perdem tempo em dar as cartas sobre como devem ser agora as relações internacionais. Dizem os especialistas que o mundo de hoje é assim, como previu certa vez Henry Kissinger, mais próximo da tragédia, muito distante da paz.
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