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Operação Tamoiotatá 2

Operação contra crimes ambientais aplica R$ 10 milhões em multas no Amazonas

Mais de mil hectares foram embargados em Manicoré e mais de 1,1 mil metros cúbicos de madeira foram apreendidos

Crimes ambientais em Manicoré, Amazonas
Crimes ambientais em Manicoré, Amazonas

Manaus – Os crimes ambientais no Amazonas continuam a fazer estragos na Floresta Amazônica. Durante cumprimento da operação Tamoiotatá 2, coordenada pelo Governo do Amazonas, a equipe integrada de fiscalização embargou 1.472 hectares por desmatamento ilegal e queima sem licença, além de apreender 1,1 mil metros cúbicos de madeira ilegal.

A ação ocorreu na quinta-feira (11/08), no distrito de Santo Antônio de Matupi, em Manicoré (a 332 quilômetros de Manaus). Todas as ilegalidades resultaram na aplicação de mais de R$ 10 milhões em multas.

De acordo com a assessoria, agentes conseguiram chegar até o local após receberem denúncias informando sobre os crimes ambientais. 
Queimada na Amazônia
Queimada em Santo Antônio do Matupi, Manicoré, Amazonas

Crimes

Durante as fiscalizações, o proprietário da serraria Natan Zimmernann Eireli não apresentou licença ambiental válida para a atividade. Foram apreendidos 1,1 metros cúbicos de madeira serrada e em tora.

No mesmo local, na área externa, foi identificada a realização de queima de resíduos a céu aberto, prática que configura crime ambiental.

Durante a apuração de outra denúncia de crime ambiental, desta vez no ramal Linha dos Baianos, a fazenda Pica-Pau foi denunciada por desmatamento ilegal e queima sem licença ambiental.

As equipes de fiscalização flagaram desmatamento de 1.472 hectares no local e, por isso, a área foi embargada, e o proprietário foi multado em mais de R$ 8 milhões.

Madeira apreendida em serraria do Amazonas
Madeira apreendida em serraria do Amazonas

Tamoiotatá 2: Equipe de Trabalho

A ação conta com o trabalho integrado de policiais do Batalhão de Policiamento Ambiental (BPAmb), da Polícia Militar do Amazonas (PMAM); Polícia Civil do Amazonas (PC-AM); Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM), além de agentes do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam); Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e Secretaria Executiva Adjunta de Planejamento e Gestão Integrada (Seagi), da SSP-AM.

Desmatamento na Amazônia

Dados do sistema Deter, do Instituto de Pesquisas Espaciais, divulgados nesta sexta (12) mostram que 1.487 quilômetros quadrados de alertas de desmatamento no mês de julho. Trata-se do quarto maior número da série histórica, somente perdendo para os anos anteriores do governo atual.

“O que chamou atenção nos sobrevoos que realizamos neste último ano, além do avanço do desmatamento, é a quantidade de grandes áreas desmatadas em terras públicas não destinadas, em propriedades privadas e até mesmo em áreas protegidas. Isso reitera que o desmatamento da Amazônia não é fruto da pobreza e do desespero de pessoas em situação de grande vulnerabilidade”, disse o assessor do Greeanpeace, Rômulo Batista.

Vale lembrar que o governo atual, do presidente Jair Bolsonaro, desmatelou as redes de proteção da floresta para seguir a política de permissão ‘de passar a boiada’, como foi dito pelo ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, em reunião com a equipe ministerial e o presidente.

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