Manaus (AM) – No dia em que se comemora o Dia da Amazônia (5 de setembro), a pergunta que não quer calar: o que pode ser feito efetivamente para preservar esta região tão importante para o planeta? Para a presidente da Associação Amazonense de Energia Solar (Amesolar) e fundadora da Future Solar Manaus, Helane Souza da Silva, a resposta para essa questão passa inevitavelmente pelo segmento.
“Nós precisamos poupar recursos naturais. A energia solar tem tudo a ver com meio ambiente. Utilizar uma fonte de energia limpa e renovável é sinônimo de respeito ao meio ambiente e à nossa Amazônia, que é a esperança do mundo em termos de ecossistema saudável”,
salienta.
Primeira mulher a trabalhar com energia solar no Norte do Brasil, a empresária acredita no potencial do Amazonas para receber novos investimentos na geração de energia limpa.
“Mas, para isso, precisamos fortalecer a vontade dos agentes que fazem parte desse setor, com nossos governantes tendo um olhar mais especial e, principalmente, a distribuidora de energia local atendendo as premissas da regulamentação vigente no mercado”,
defende.
Nascida na comunidade Santo Antônio em Novo Airão (distante 194 quilômetros de Manaus) e empreendedora desde os 19 anos, a presidente da recém-criada Amesolar – composta por 20 empresas do setor – comenta que o Estado possui radiação favorável para a produção de energia solar, bem como área territorial extensa e disponível.
“E, em termo de representatividade, nada mais perfeito do que o Amazonas se apresentar como potencial produtor de energia limpa”,
comenta.
Contudo, infelizmente isso não acontece, conforme a empresária amazonense, tanto que o Amazonas ocupa hoje a 24ª posição entre os estados brasileiros na geração de energia solar, conforme o último levantamento realizado pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).
“O maior estado da Amazônia em termos territoriais estar no 24º lugar deste ranking fala muito sobre o que ainda precisamos fazer”,
aponta a presidente da Amesolar.
Rumo à descarbonização
No início de agosto, o Governo Federal lançou o programa “Energias da Amazônia” em prol da descarbonização da região. Com investimento de R$ 5 bilhões, a iniciativa tem como meta a transição da geração de energia que é majoritariamente a óleo diesel nos sistemas isolados da Amazônia para energias renováveis.
De acordo com Helane, o desafio da descarbonização é um movimento mundial, importante para mitigar os resultados do efeito estufa. Nesse cenário, a energia solar é uma grande aliada, devido ao fato da sua matéria-prima ser originada na natureza (a captação de energia elétrica é feita pela luz do sol) e por não emitir gases poluentes como óxidos de nitrogênio (NOx), dióxido de carbono (CO₂) e dióxido de enxofre (SO₂), que são prejudiciais à saúde e ao meio ambiente.
Conforme Helane, a energia solar favorece a redução da emissão de gás carbônico para a atmosfera, sendo a melhor escolha para quem busca eficiência e sustentabilidade.
“A pressão pelo uso dos nossos recursos naturais precisa diminuir e, como esperança do mundo, a Amazônia tem o dever de se apresentar como exemplo.”
*Com informações da assessoria
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