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Boi Caprichoso é tricampeão do 57º Festival Folclórico de Parintins

Festival de Parintins ocorreu neste último final de semana de junho

Foto: Divulgação

Parintins (AM) – O boi-bumbá Caprichoso é campeão do 57° Festival Folclórico de Parintins. A apuração ocorreu, na tarde desta segunda-feira (1º), no Centro Cultural de Parintins – Bumbódromo, onde consagrou o título ao Boi Bumbá Caprichoso, que apresentou nas três noites do evento, o tema “Cultura – O Triunfo do Povo”.

Na primeira noite, o Caprichoso venceu com 419,8 contra 419,7 do Garantido. Já na segunda noite, o Caprichoso empatou com Garantido com 419,8 pontos. Na terceira e última noite, o Caprichoso empatou com Garantido com 419.7 pontos.

O Caprichoso venceu por um décimo, acumulando 419,8 pontos. Na segunda noite, os bois empataram com 419,8. Já na última noite o Boi da Francesa venceu com um décimo de diferença e acumulou no total, 1.259,3 pontos, enquanto o Garantido obteve 1.259,2.

Na primeira noite de festival (28), o Boi Caprichoso, com o tema “Cultura – O Triunfo do Povo”, apresentou o subtema “Raízes: O Entrelaçar de Gentes e Lutas”. O espetáculo destacou as tradições e a história do boi-bumbá azul, emocionando o público.

O Touro Negro encantou o público com uma performance aérea, trazendo o apresentador Edmundo Oran, o levantador de toadas Patrick Araújo e o boi içados por um guindaste.

O espetáculo contou com alegorias gigantes, toadas tradicionais e entradas marcantes, como a da cunhã-poranga Marciele Albuquerque, que encantou ao se transformar em serpente, com a lenda amazônica “A Dona da Noite”, obra do artista Roberto Reis.

O boi-bumbá Caprichoso encerrou sua apresentação com o líder Yanomami Davi Kopenawa na arena. O indígena é figura central da alegoria de Motokhari, para o Ritual Indígena, que teve a interpretação do Pajé Erick Beltrão. A obra é de autoria do artista de ponta Algles Ferreira e equipe.

Na segunda noite (30), o Boi-bumbá Caprichoso abriu a segunda noite do 57º Festival de Parintins exaltando os povos indígenas e ribeirinhos com o tema Tradições: O Flamejar da Resistência Popular. O Touro Negro encantou o público com alegorias surpreendentes, mesclando toadas novas e antigas.

O boi azulado levou para a arena três alegorias que deixaram o público encantado. A Figura Típica homenageou o Pescador da Amazônia, com cores e movimentos cheios de detalhes, criação dos artistas Márcio Gonçalves e Marlucio Pereira.

A apresentação, conduzida por Edmundo Oran, foi animada e empolgante. O item 1 se diz satisfeito e enfatizou a preparação envolvida no festival.

O Levantador de Toadas Patrick Araújo também se destacou ao cantar “Feito de Pano e Espuma” ao lado do pianista João Gustavo Kienen, emocionando o público.

O espetáculo do Boi Caprichoso foi finalizado com o Ritual Indígena, Rito de Transcendência Marubo. A alegoria do artista Kennedy Prata trouxe a apresentação do Pajé Erick Beltrão.

No domingo (30), o Caprichoso levou para a arena o apelo contundente em favor da proteção da floresta e dos povos originários, a partir do tema “Saberes, o Reflorestar das Consciências”.

A primeira alegoria foi ‘Lenda Amazônica’, apresentando ao público a história do povo Macurap, que enfrentou uma grande alagação e teve a missão de proteger o povo da floresta. A obra do artista Alex Salvador foi destaque, com efeitos e detalhes, transformando a arena numa grande floresta.

Dando ênfase aos saberes tradicionais e crenças populares, o item ‘Figura Típica Regional’, concebida pelos artistas Makoy Cardoso e Nei Meireles, levou para o bumbódromo os Sacacas, Curadores da Floresta, que retrataram o poder da cura das ervas medicinais que ultrapassam os limites da ciência.

Ao longo da apresentação, o bumbá azulado deu destaque para as emergências climáticas, com a presença de líderes indígenas como Vanda Witoto. O espetáculo foi encerrado com o Ritual Indígena, entoado por Awa Guajá – A Oferenda e Sacaca.

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