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Amazonas receberá apoio na estiagem, diz Ministra da Saúde

Nísia Trindade, sem mencionar valores, disse que o governo federal está trabalhando para suprir as necessidades

Manaus (AM) — A ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou, nesta quarta-feira (17) que o Governo Federal está trabalhando para enviar recursos para a área da saúde no Amazonas, para suprir as necessidades do Estado durante a estiagem de 2024. Em 2023, a capital e o interior sofreram com os efeitos do fenômeno, com a maior seca da história do Amazonas.

Nísia Trindade, ainda sem mencionar os valores que serão investidos, afirmou a existência de um grupo de trabalho dedicado para desenvolver as melhores políticas de saúde para a região.

“Nós temos trabalhado com o que nós chamamos de ‘fator amazônico’, temos um grupo dedicado com instituições da região para pensar as melhores políticas de saúde, as mais adequadas para a região amazônica. Um exemplo que parece bastante simples, mas não é, porque nunca tinha sido feito, é ajustar o calendário nacional de vacinação à sazonalidade de doenças na região, que tem um ritmo diferente das demais regiões do Brasil. Para esse ano, nós já temos trabalhado nessa agenda, nós já temos orientação para situações de emergências, em geral, a destinação de recursos nessas situações, então faremos isso de forma trabalhada, com as discussões que se fazem dentro das comissões intergestores, bipartites. Já temos como enfrentar essa emergência sanitária.”

Demandas prioritárias

Em junho, durante reunião de alinhamento com o Ministro de Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, o governador Wilson Lima (União Brasil) entregou ofício com as demandas prioritárias na área de assistência social para as ações de enfrentamento à estiagem no Amazonas.

Wilson Lima apresentou, ainda, ao ministro um panorama do cenário da estiagem do Estado, assim como os programas e ações referentes a abastecimento de água potável, insumos e medicamentos para a saúde, de ajuda humanitária, como programa Merenda em Casa, o Prato Cheio, entre outras que vêm sendo trabalhadas, desde o início do ano, para mitigar os impactos causados pelo fenômeno.

“Entreguei e conversei com o ministro sobre as demandas e como é que podemos fazer essa construção, porque o problema não é só do estado do Amazonas, ele é um problema da Amazônia; é um problema do Brasil. O Estado do Amazonas sozinho não tem condições de superar isso. Da mesma forma que os municípios também terão dificuldades. Daí a necessidade de ter um diálogo permanente para que possamos trabalhar de forma preventiva”, explicou o governador.

Já no dia 20 de junho, o governador Wilson Lima se reuniu com secretarias e órgãos estaduais para tratar o assunto. De acordo com dados dos sistemas de monitoramento, em 2024 o período de estiagem deve ser adiantado em 30 dias e os impactos sentidos já a partir do mês de julho.

“Estamos trabalhando integrado com o Governo do Estado, de forma preventiva, para garantir ajuda humanitária e compra de alimento da própria região para o dinheiro circular, além de cuidar dos pescadores, de indígenas, quilombolas, comunidades isoladas e dos ribeirinhos; tudo isso para que tenhamos menos prejuízos à população”, disse o ministro.

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