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fumaça

Queimadas deixam qualidade do ar em níveis perigosos à saúde no Sul do AM

Ambientalistas estimam que a situação ainda vai piorar muito nos próximos meses

Foto: Reprodução

A qualidade do ar de dois municípios do Sul do Amazonas foi considerada entre péssima e ruim nesta terça-feira (6). Segundo o Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (Selva), Humaitá e Apuí amanheceram encobertos por densa fumaça das queimadas.

Em Humaitá, que faz divisa com Rondônia e Pará, o nível de poluição por partículas respiráveis ocasionadas pelas queimadas atingiu o nível de 212,7 microgramas por metro cúbico, o que é considerado péssimo à saúde humana.

Foto: Reprodução

De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), do dia 1º de agosto até hoje, foram contabilizados 73 focos de incêndio no município, o que representa 5,8% do total de queimadas registradas neste mês no Amazonas.

Apuí

A situação é parecida em Apuí. Na tarde desta terça, o município registrou o nível de 69,6 microgramas de partículas por metro cúbico. Esse valor classifica a qualidade do ar como ruim.

Foto: APP Selva

Liderando o ranking de municípios que mais registram queimadas, Apuí contabilizou neste mês, 540 focos de incêndios, representando 42,7% do total.

Do início de julho até esta terça, o Amazonas registrou 5.507 focos de incêndio. Deste número, Apuí foi responsável por 1.991 ocorrências, ou seja, 36,2%.

Em entrevista ao Em Tempo, o ambientalista Carlos Durigan apontou que a tendência é que essas queimadas aumentem nos próximos dias.

“Infelizmente, mesmo com todos os esforços para reduzir estes números eles continuam altos e estão diretamente relacionados às atividades humanas. Infelizmente estamos apenas iniciando o período de estiagem do verão amazônico e em geral os números tendem a crescer até os meses mais secos de setembro e outubro”, afirmou o especialista.

Ainda de acordo com o profissional, a situação dos municípios amazonenses deve ser vista com mais atenção, no entanto, também é preciso contar com a consciência da própria população.

“É preciso que tenhamos ações contundentes para redução de emissões de gases que estão gerando este cenário e também evitar o desmatamento e o uso do fogo, em especial quando queimadas são feitas sem controle nas atividades agropecuárias, só assim poderemos reverter o quadro trágico que vivemos”, finalizou Carlos Durigan.

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