No último domingo (11), comemoramos o dia dos pais. E isso me fez refletir que no universo felino, os machos têm uma reputação um tanto distinta e, muitas vezes, subestimada, apesar de que, em muitos vídeos que vemos on-line, nos encantamos com algumas demonstrações de amor que esses felinos dão às fêmeas paridas e seus bebezinhos. Então fiquei pensando, e quero compartilhar com vocês, sobre qual seria o papel deles na “paternidade” felina.
Ao contrário dos vídeos encantadores que vemos, dificilmente os gatos machos ajudam a cuidar dos filhotes. Diferente de alguns pais humanos que estão envolvidos na criação dos filhos desde o primeiro choro, os machos felinos tendem a ser um pouco… ausentes, para dizer o mínimo.
Na natureza, um gato macho é mais um nômade solitário, vagando por aí, marcando território e procurando novas parceiras. Quando se trata de cuidar da prole, ele prefere delegar essa tarefa para as fêmeas, que são as verdadeiras heroínas da história.
Por outro lado, se formos falar de machos em ambiente doméstico, o comportamento pode ser um pouco diferente, mas ainda assim bastante curioso. Gatos machos castrados, por exemplo, tendem a ser mais tranquilos e menos propensos a brigas territoriais.
É como se, ao perderem certos hormônios, eles trocassem a agressividade pela serenidade, preferindo uma boa soneca no sofá ao invés de uma briga com o gato do vizinho. Quem disse que a castração não pode trazer um lado zen para os felinos?
É importante entender que, quanto às dinâmicas sociais, os machos têm uma hierarquia bem estabelecida, especialmente entre os não castrados. Eles adoram marcar território deixando rastros de urina em lugares estratégicos, o que, convenhamos, não é o tipo de comportamento que desejamos em casa.
Mas, para eles, é apenas uma forma de dizer: “Esse pedaço de mundo é meu!” É como se cada gato fosse um pequeno imperador reivindicando seu império. E, claro, onde há poder, há competição. Gatos machos podem ser ferozmente competitivos, especialmente quando há uma fêmea no cio por perto. Aí a coisa fica séria.
Mas nem tudo é competição e territorialidade. Gatos machos podem ser extremamente carinhosos com seus tutores. Alguns são verdadeiros “puxadores de saco”, sempre em busca de um colo para se aconchegar ou de uma mão para afagar sua cabeça.
Há quem diga que os machos são mais afetuosos do que as fêmeas, mas é claro que isso varia de gato para gato. O fato é que, quando um gato macho decide que você é o escolhido, ele pode se tornar seu melhor amigo e companheiro fiel.
E para que o mundo seja povoado de muitos gatinhos lindos e fofinhos, os machos inteiros, quando não estão recebendo carinho, se ocupam em garantir que seus genes continuem se espalhando por aí. E aqui chegamos a um ponto interessante: a castração.
Muitos donos de gatos ainda hesitam em castrar seus bichanos, temendo que isso vá “mudar” o gato de alguma forma. Bem, vai sim! Mas as mudanças tendem a ser para melhor. Gatos machos castrados têm uma chance muito menor de desenvolver certos comportamentos indesejados, como a marcação de território e a agressividade.
Além disso, a castração reduz o risco de doenças como o câncer testicular e prolonga a expectativa de vida do gato. Portanto, se você quer um gato macho mais calmo e com menos inclinação para brigas, a castração na Unidade de Saúde Felina é uma excelente escolha.
No final das contas, os machos felinos são criaturas fascinantes, com comportamentos que variam desde o guerreiro territorial até o mais doce dos companheiros. Eles podem não ser os pais mais dedicados do reino animal, mas compensam isso com sua personalidade cativante e suas peculiaridades únicas.
Então, na próxima vez que você observar seu gato macho, lembre-se de que ele carrega em si uma herança ancestral de caçadores solitários e líderes territoriais, mas também tem a capacidade de ser o mais leal dos amigos.
E para os donos desses adoráveis seres, se forem pais, um feliz dia sempre!
