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Estiagem 2024

Rios do AM estão próximos de recordes históricos durante seca

Dados da Defesa Civil do Estado revelam situação crítica dos rios do Amazonas

Foto: Reprodução/internet

Os rios que banham o estado do Amazonas estão próximos de baterem recordes históricos devido à seca que atinge a região, de acordo com dados da Defesa Civil do Amazonas.

Os rios Negro, Solimões, Amazonas, Purus e Madeira estão sendo diretamente afetados pelo fenômeno El Niño, que dificulta a propagação de chuvas e afeta ainda mais o nível das águas.

Rio Negro

Na calha do Rio Negro, por exemplo, a capital Manaus registrou, nesta quarta-feira (2), a cota de 12,91 metros. Portanto, apenas 21 centímetros separam o nível da marca histórica registrada em 2023, que foi de 12,70 metros. Nesta mesma data, em 2023, o Rio Negro ainda media 15,29 metros.

Ainda na calha do Negro, o município de Barcelos também está próximo de alcançar um novo recorde durante a estiagem histórica. Atualmente, o nível da água está em 2,49 metros, a apenas 1,91 metros do recorde de 1990, que foi de 0,58 centímetros. No dia 3 de outubro de 2023, a cota da calha no município era de 2,53 metros.

Solimões

A situação é parecida em Maraã, no médio Solimões. O nível do rio na medição realizada, nesta terça-feira (1º), foi de 4,53 metros. A medida é considerada a cota mínima registrada até hoje. Segundo a Defesa Civil, nos últimos sete dias, o nível das águas vazou, em média, três centímetros dirariamente. Há um ano, o nível do Solimões em Maraã era de 6,32 metros.

Em Atalaia do Norte, no alto Solimões, apenas 2,33 metros separam o nível atual do recorde histórico. Na terça-feira, o rio registrava 5,98 metros. A cota mínima registrada foi de 3,65 metros, em 1986.

Já no município de Manacapuru, a cota mínima foi registrada com 2,82 metros no 1º de outubro. Nesta quarta-feira (2), o nível baixou ainda mais, onde a Defesa Civil apontou que o nível atual é de 2,64 metros, uma diferença de 18 centímetros entre os dois dias. Há um ano, a cota era de 5,54 metros.

Amazonas

Em Parintins, a situação também é crítica. O nível atual, registrado na terça-feira (1º), foi de -2,05 metros; o recorde histórico, registrado ano passado, foi de -2,17 metros. Apenas -0,12 centímetros separam as duas marcas. Há 1 ano, o nível registrado era de -0,15 metros.

A medição dos demais municípios da calha não foram divulgadas ou atualizadas diariamente.

Purus

O município de Boca do Acre está em uma situação próxima à da capital amazonense, já que apenas alguns centímetros separam a cota atual do novo recorde. Nesta quarta, o nível do rio no município foi de 3,73 metros. O recorde ocorreu no ano de 1998, onde a cota chegou a 3,49 metros. Apenas 24 centímetros separam as duas marcas. Há um ano, o nível do rio era de 4,16 metros.

Já em Lábrea, a cota atual é de 3,31 metros, cerca de 2,86 metros a mais da mínima história de 0,45 centímetros, que foi registrada em 1937. Há 1 ano, o nível do Purus no município era de 4,26 metros.

Madeira

Na calha do rio Madeira, a situação é um pouco diferente, já que em alguns municípios, o nível da água vem subindo aos poucos.

Em Humaitá, a cota mínima registrada ocorreu no dia 25 de setembro, com 8,07 metros. Ontem, o nível ficou em 8,25 metros, uma diferença de 18 centímetros. Há um ano, a cota era de 8,92 metros. Segundo a Defesa Civil, nos últimos 30 dias, o rio vazou, em média, dois centímetros por dia; no entanto, nos últimos sete dias, o rio encheu, também, dois centímetros por dia.

A situação é diferente em Nova Olinda do Norte. Com o rio vazando, em média, 39 centímetros por dia, o município registrou a cota de 5,34 metros na terça, o que permanece sendo a cota mínima registrada. Há um ano, o nível do rio era de 7,86 metros.

Já em Manicoré, a cota atual é de 10,61 metros, uma diferença de 5,19 metros para a cota mínima história de 1969, que foi de 5,42 metros.

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