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Preocupação

Rio Negro continua vazando e alcança 12,11 metros

SGB apontou que a previsão é que o Rio Negro fique abaixo dos 12 m em Manaus (AM)

O Rio Negro alcançou, nesta quarta-feira (9), o nível de 12,11 metros, a menor cota em 121 anos de medição pelo Porto de Manaus.

De ontem para hoje, o rio desceu cerca de seis centímetros. Há um ano atrás, neste mesmo período, o Rio Negro registrava a marca de 14,41 metros. A diferença entre os dois anos é de 2,3 metros.

Desde a última sexta-feira (4), o Rio Negro vem batendo o recorde histórico (12,70 metros) que havia sido registrado no ano anterior.

Previsões

Segundo o Serviço Geológico do Brasil (SGB), a previsão é que o Rio Negro fique abaixo dos 12 m em Manaus (AM).

“As descidas estão muito acentuadas em Manaus e, se continuar com essa média de descida de 19 cm por dia, em uma semana poderemos ultrapassar a marca histórica – que é de 12,7 m registrada em 2013 – e, nas próximas semanas, o Rio Negro pode ficar abaixo dos 12 m”, alertou o pesquisador em geociências Artur Matos, coordenador nacional dos Sistemas de Alerta Hidrológico do SGB.

Ainda segundo Matos, o Negro pode permanecer por mais dois meses abaixo da cota de 16 m em Manaus, considerando o que foi observado no ano passado e que se assemelha ao cenário atual.

As projeções apresentadas indicam que a tendência é de que os níveis continuem a cair. “As chuvas abaixo da média em setembro devem se refletir nos níveis dos rios em outubro e vamos continuar a verificar cotas mais baixas ao longo do próximo mês”, acrescentou Matos.

Nos rios Madeira e Tabatinga, as cotas devem ter pequena elevação, influenciada por chuvas nas regiões de cabeceiras. No entanto, o volume previsto não é suficiente para uma recuperação. Após os repiques, as cotas devem voltar a cair. 

Assistência

Para prestar assistência às famílias afetadas, o Governo do Amazonas destacou que 2,1 mil toneladas de alimentos foram distribuídas para as regiões mais atingidas. Também foram instalados 36 purificadores de água, sendo 8 deles direcionados para a calha do Alto Solimões, além de enviar 750 caixas d’água para melhorar o acesso à água potável.

Cerca de 128 cilindros de oxigênio foram enviados para Eirunepé, Canutama, Caapiranga, Ipixuna, Boca do Acre e Itamarati, além da instalação de uma usina de oxigênio em Envira. Além disso, foram distribuídos medicamentos e insumos para diversos municípios, totalizando 10,4 mil volumes.

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