A casa em Rio do Sul (SC) na qual morava Francisco Wanderley Luiz, o “Tiu França”, autor do atentado na praça dos Três Poderes, amanheceu queimada na manhã deste domingo (17).
A suspeita de ter provocado o incêndio é Daiane Dias, ex-companheira dele, que foi vista por testemunhas ateando gasolina também no próprio corpo, disse à Folha a delegada Elisabete Prado. A policial civil não quis caracterizar o ato como tentativa de suicídio ao dizer que a apuração está em fase preliminar.
O Corpo de Bombeiros de Santa Catarina afirmou que a mulher que estava na casa foi retirada do interior da residência por vizinhos e apresentava queimaduras de 1⁰, 2⁰ e 3⁰ graus em 100% do corpo. Ela foi atendida, estabilizada e conduzida ao pronto-socorro do hospital regional. Procurada, a instituição informou que não está autorizada a compartilhar o estado de saúde da paciente.
A corporação afirma que, ao chegar ao local, o incêndio já havia tomado parcialmente a residência de 50 metros quadrados.
A moradora da casa era a ex-companheira de França. Ela teve uma separação tumultuada com o autor do atentado, disse a primeira mulher dele, a cuidadora Margarete Versino, 57, que se casou com “França” no final da década de 1980. Eles viveram juntos por 17 anos e tiveram dois filhos.
Em depoimento à Polícia Federal na quinta (14), Daiane disse que o plano de França era matar o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). Mas a primeira mulher dele disse que a família não acredita nisso.
Nos últimos meses, o autor do atentado em Brasília tinha decidido trabalhar com um dos seus filhos em Barra Velha (SC), em um negócio envolvendo consertos de elevadores, e não foi visto mais na vizinhança de Rio do Sul.
*Com informações da Folha de S.Paulo
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