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Joe Biden diz que “não precisamos escolher entre economia e clima” durante visita em Manaus

Em Manaus (AM) neste domingo desde 12h30, o presidente dos EUA, Joe Biden, é o 1º chefe norte-americano em exercício a visitar Amazônia

Foto: Reprodução

O presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, afirmou, neste domingo (18), que “não precisamos escolher entre a economia e o clima”, pois “podemos fazer as duas coisas”.

O democrata fez uma breve visita a Manaus, capital do Amazonas, e tornou-se o primeiro chefe norte-americano em exercício a visitar a região da Amazônia.

“Não precisamos escolher entre a economia e o clima. O meio ambiente ou a economia, nós podemos fazer as duas coisas, como fizemos no meu país”, destacou o presidente dos EUA.

Durante a fala à imprensa, Biden reforçou que deixará o legado do seu governo para o próximo presidente, sem citar o nome de Donald Trump, que assume o comando da Casa Branca em 20 de janeiro de 2025.

“Não é segredo que sairei do governo em janeiro. Eu deixarei ao novo presidente as lições do que podemos fazer. Alguns querem atrasar a energia verde, mas sabemos que a revolução verde está a caminho e ninguém pode revertê-la”, frisou.

Para ele, a Amazônia é o coração e a alma do mundo. “A floresta nos une, nos inspira, nos deixa orgulhosos da herança dos nossos países. Ela é um olhar para o passado e para o futuro. Ela traz lições que são passadas de gerações a gerações”, declarou.

No fim do dia, Biden viaja para a cidade do Rio de Janeiro, onde participará da 19ª cúpula do G20, que ocorre entre segunda (18) e terça-feira (19). O evento reunirá os líderes das maiores economias globais.

Biden anuncia investimentos para a Amazônia

Nesta manhã, antes do pouso do Air Force One, o governo americano anunciou que o país vai aportar mais US$ 50 milhões (R$ 289,5 milhões) no Fundo Amazônia, destinado à conservação da floresta no Brasil.

O montante se soma a outros US$ 50 milhões prometidos pelos EUA em fevereiro de 2023, por ocasião da visita do presidente Lula (PT) ao país, no início da atual gestão do petista. Naquele momento, o governo brasileiro considerou decepcionante o anúncio feito pela Casa Branca e o valor não foi citado no comunicado conjunto da visita de Lula a Biden.

O comunicado deste domingo afirma que o novo aporte “elevará as contribuições totais dos EUA para o Fundo Amazônia para US$ 100 milhões”, mas que está sujeito a aprovação do Congresso.

Até agora, as contribuições americanas já depositadas foram de US$ 3 milhões (R$ 14,9 milhões, na cotação à época), em dezembro de 2023, e de US$ 47 milhões (R$ 256,9 milhões), em agosto de 2024, segundo o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), gestor do Fundo Amazônia.

Na visita a Manaus, a maior capital da região amazônica, Biden anunciou também que a sua gestão cumpriu a promessa de aumentar o financiamento climático internacional dos EUA, chegando a mais de US$ 11 bilhões por ano até 2024.

Isso, segundo a Casa Branca, torna “os Estados Unidos o maior provedor bilateral de financiamento climático do mundo”, com “um aumento de mais de seis vezes em relação ao US$ 1,5 bilhão em financiamento climático que os EUA forneceram no ano fiscal de 2021”.

Para marcar a data, Biden colocou no calendário oficial dos EUA o 17 de novembro como o Dia Internacional da Conservação.

Biden anunciou também outras iniciativas voltadas à preservação da amazônia.

Entre as medidas estão o lançamento de uma coalizão para restauração florestal e bioeconomia, que inclui o BTG Pactual e 12 parceiros, com o objetivo de mobilizar US$ 10 bilhões até 2030; o aporte de US$ 37,5 milhões da instituição financeira DFC para um projeto de reflorestamento desenvolvido pela Mombak Gestora de Recursos; e o apoio ao plano do governo Lula de criar o Fundo Florestas Tropicais Para Sempre (TFFF, na sigla em inglês).

O comunicado da Casa Branca cita outras iniciativas, como o aproveitamento da demanda por créditos de carbono, envolvendo o governo do Pará; cooperação entre o DFC e o BNDES, o banco de fomento equivalente no Brasil; e parcerias com o governo brasileiro, universidades e ONGs (organizações não governamentais) para combate a exploração ilegal de madeira, por exemplo.

*Com informações do Metrópoles e Folha de S.Paulo

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