Pessoas que preferem fazer sexo casual a transar com o mesmo parceiro já enfrentaram, em algum momento de sua jornada, o slut-shaming (quando alguém é acusado de ser “muito sexual”).
Mas, para alguns, a escolha por sexo “com emoção” é mais do que uma celebração dos próprios desejos e da própria autonomia corporal, mas sim uma orientação sexual. E ela tem nome: frayssexualidade.
Nela, o tesão está fortemente ligado à novidade e ao desconhecido. O sexólogo Vitor Mello aponta que isso significa que a atração tende a ser intensa no início de um relacionamento, mas diminui à medida que a interação emocional se intensifica e o parceiro se torna mais familiar.
“A frayssexualidade envolve uma dinâmica complexa. Não é apenas sobre o desejo físico, mas também sobre fatores emocionais e psicológicos que impactam esse desejo ao longo do tempo”, exemplifica.Play Video
Como saber se sou frayssexual?
Para identificar se você é frayssexual, é importante refletir sobre seus padrões de desejo e de conexão nos relacionamentos.
“Esse padrão pode ser observado em diferentes relacionamentos e contextos. Além disso, fatores emocionais ou gatilhos psicológicos influenciam o interesse sexual. Se você se identificar com esses padrões, pode ser útil buscar a ajuda de um profissional para entender melhor a sua sexualidade e os seus padrões de relacionamento”, salienta Vitor.
Se eu sou frayssexual, em que ponto do relacionamento vou perder a atração sexual por alguém?
Para alguns frayssexuais, a atração cai quando eles estabelecem uma conexão emocional profunda com uma pessoa. Para outros, apenas conhecer alguém fará uma grande diferença em sua atração.
“O estágio emocionalmente mais seguro do relacionamento substitui a excitação inicial que vem da novidade e do desconhecido, levando a uma diminuição do desejo sexual. Esse processo pode variar, mas é comum que a atração sexual se reduza conforme o relacionamento se torna mais estável e íntimo”, reforça.
A frayssexualidade é sobre “questões de intimidade”?
Vitor explica que a fraysexualidade não se resume apenas à intimidade. “Embora a intimidade seja importante, ela é apenas um dos aspectos dessa orientação sexual. A fraysexualidade envolve uma combinação de fatores psicológicos, emocionais e até biológicos”, emenda.
O especialista aponta que estudos sobre dopamina mostram que a novidade e a previsibilidade podem afetar o desejo sexual. Assim, a fraysexualidade não se trata só da intimidade física, mas de uma série de fatores que influenciam o desejo ao longo do tempo.
Ser frayssexual faz de mim um mau parceiro?
A fraysexualidade não diz nada sobre a qualidade de uma pessoa como parceiro, nem sobre seus valores ou princípios. É, por fim, uma forma de vivenciar a sexualidade.
“Ser frayssexual não faz alguém ser um ‘mau parceiro’. O mais importante é entender e comunicar essas dinâmicas dentro do relacionamento. O diálogo, o respeito e a compreensão mútua são fundamentais para que ambos os parceiros se adaptem a essa realidade, fortalecendo o vínculo emocional e garantindo um relacionamento saudável e equilibrado.”
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