O crescimento da safra de borracha nativa da Amazônia em 2024, que atingiu 160 toneladas — um aumento de 23% em relação ao ano anterior —, foi impulsionado pelo programa ‘Juntos pela Amazônia – Revitalização da Cadeia Extrativista da Borracha’. A iniciativa, coordenada pelo WWF-Brasil, Memorial Chico Mendes, Conselho Nacional das Populações Extrativistas e Michelin, gerou R$ 2,2 milhões em renda para 500 famílias de seringueiros em seis municípios do Amazonas. O programa fortalece a economia local e contribui para a conservação da floresta, provando que o extrativismo sustentável é uma alternativa viável ao desmatamento.
Dentro desse cenário sustentável, a Bossapack, empresa fundada pelo paraense Claudio Martins em 2015, tem se destacado na fabricação de mochilas e acessórios sustentáveis, utilizando borracha nativa da Amazônia e materiais reciclados. A marca trabalha diretamente com comunidades indígenas do Xingu (Pará) para integrar técnicas ancestrais à produção, garantindo impacto social positivo e valorização da cultura amazônica. “Estamos ressignificando um produto ancestral e trazendo reconhecimento para essas comunidades”, afirma Martins.
Um dos diferenciais da Bossapack é a valorização do látex da Amazônia. O método desenvolvido pela empresa eleva o valor da borracha utilizada de R$ 4,25 por litro para R$ 54,00 quando aplicada em tecidos, beneficiando diretamente os povos indígenas parceiros. Além disso, a produção sustentável da marca preservou cerca de 1.800 hectares de floresta em 2023. Esse modelo não apenas gera renda, mas também fortalece a economia local ao manter a floresta em pé.
A colaboração com as comunidades indígenas é um dos pilares do sucesso da Bossapack. Povos como os Kayapó, Xikrin, Xipaya e Paiter-Suruí desempenham um papel fundamental na criação dos produtos da empresa, que passam por processo de encauchamento na aldeia, aplicando técnicas de tingimento natural e manufatura artesanal. Martins ressalta que esse trabalho tem impactado positivamente a vida dos jovens indígenas, proporcionando-lhes uma nova perspectiva de trabalho e preservação cultural. “Antes, muitos não viam oportunidades dentro de suas aldeias. Agora, eles têm um ofício valorizado que garante independência financeira e resgata sua identidade cultural”, explica.
As peças, após o processo de encauchamento nas aldeias, são confeccionadas no Rio de Janeiro, onde a Bossapack mantém sua produção. A empresa vende principalmente para a região Sudeste, atendendo clientes no Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina, além de já ter comercializado seus produtos para a França, refletindo a crescente demanda global por artigos sustentáveis.
Além disso, a Bossapack utiliza pigmentos naturais, como urucum e jenipapo, para colorir os tecidos, respeitando os recursos disponíveis na floresta e evitando substâncias químicas prejudiciais ao meio ambiente. Essa abordagem sustentável reforça o compromisso da empresa com a preservação dos ecossistemas amazônicos.
Trans Obra chega a Manaus e acelera expansão rumo a 250 unidades até 2028
A Trans Obra celebrou um marco importante em sua trajetória com a inauguração de sua primeira unidade em Manaus, no final do mês passado. Localizada na Av. Tarumã, nº 1605, Praça 14 de Janeiro, a nova filial faz parte do ambicioso plano de expansão da empresa, que visa consolidar sua presença na região Norte do Brasil. A abertura dessa unidade reforça a estratégia da franquia de oferecer soluções inovadoras no setor de locação de equipamentos para construção civil, atendendo à crescente demanda do mercado local.
Atualmente, a Trans Obra conta com 40 unidades distribuídas em 12 estados brasileiros, e tem projeções ambiciosas para os próximos anos. O objetivo da empresa é alcançar 140 unidades até 2026 e 250 até 2028, consolidando-se como uma das maiores redes do segmento no país. O modelo de franquia se destaca pela proposta de baixo risco e retorno escalável, o que tem atraído cada vez mais investidores interessados em ingressar no setor de locação de equipamentos.
Indústria acreana aposta na sustentabilidade para expandir mercado internacional
A Miragina S.A., uma das mais tradicionais indústrias de alimentos do Acre, reafirmou recentemente sua adesão à marca ‘Acre Made In Amazonia’. Fundada há 58 anos em Rio Branco, a empresa oferece uma variedade de produtos, incluindo biscoitos salgados, doces e derivados de castanha, destacando-se pela castanha laminada em padrão de exportação, uma exclusividade mundial.
A marca ‘Acre Made In Amazonia’, instituída pela Lei nº 3.411, foi criada para promover produtos acreanos no mercado internacional, especialmente na Europa. Registrada no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (Inpi), a marca pertence ao Estado do Acre e serve como uma ferramenta para rastrear a origem de produtos desenvolvidos com princípios de sustentabilidade. Ela assegura que os produtos sejam reconhecidos pelo respeito ao meio ambiente, inovação social, valorização cultural e promoção do desenvolvimento econômico.
Amazonas recebe 1º Meeting de COMEX para impulsionar comércio exterior e logística
O Amazonas se prepara para um marco no setor de comércio exterior e logística com a realização do ‘1º Meeting de COMEX do Amazonas – Impulsionando a Indústria e o Comércio Internacional’. O evento, exclusivo para convidados e organizado pela Sea Logistics, acontecerá na quinta-feira (10/4), das 15h às 18h, no Novotel, em Manaus, reunindo empresários, gestores, especialistas e representantes governamentais para discutir estratégias inovadoras e soluções para fortalecer o setor.
A programação contará com palestrantes renomados que abordarão temas estratégicos. A abertura será conduzida por Lúcio Flávio Morais de Oliveira, presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (CIEAM). Em seguida, Augusto César Barreto Rocha, coordenador da comissão de logística do CIEAM, tratará dos desafios da logística industrial em Manaus.
Outro destaque será a palestra de Luiz Frederico Aguiar, superintendente executivo da SUFRAMA, que abordará a integração regional e o impacto do comércio exterior no desenvolvimento econômico do Amazonas. Complementando a programação, Rubem Valente, doutor em Direito Patrimonial e diretor jurídico da Sea Logistics, discutirá a responsabilidade civil no comércio exterior, analisando cobranças indevidas e indenizações por atrasos logísticos.
Encerrando o ciclo de palestras, Igor Teles, CEO da companhia, apresentará o tema ‘Sea Logistics: Soluções Ágeis e Customizadas’, compartilhando sua experiência e destacando como estratégias inovadoras podem otimizar processos logísticos e comerciais.
RÁPIDAS & BOAS
Entre os dias 18 e 20/3, no Studio 5, em Manaus, ocorrerá pela primeira vez a ‘AMASE Big Show Amazônia’, feira voltada para o setor supermercadista. O objetivo é contribuir para o fortalecimento do setor supermercadista, fomentando negócios entre o agronegócio e o varejo, além de proporcionar novas oportunidades para os produtores locais.
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A Universidade do Estado do Amazonas (UEA) está com inscrições abertas até sexta-feira (21/3) para participação no ‘MBA em Bioeconomia e Projetos Sustentáveis’, que oferece 60 vagas. A inscrição do candidato interessado deverá ser realizada, exclusivamente, via e-mail, para o endereço eletrônico (mba.bioeconomia@uea.edu.br). Mais informações pelo telefone: (92) 9 9273-1825 (Whatsapp).
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