Durante inspeção na Escola Estadual Padre João Van Den Dungen, em Jutaí, o Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) constatou falhas graves na infraestrutura e na prestação do serviço educacional. A visita ocorreu na semana passada e foi conduzida pelo promotor de Justiça Matheus de Oliveira Santana, com apoio da Corregedoria-Auxiliar do MPAM.

Diante das irregularidades, a Promotoria de Justiça do município instaurou um procedimento administrativo para apurar os problemas e cobrar providências da Secretaria de Estado da Educação e Desporto (Seduc/AM).

Irregularidades apontadas pela Promotoria

Entre os principais problemas verificados na escola estão:

  • Evasão escolar, que pode configurar crime de abandono intelectual;
  • Ausência de merenda escolar desde março;
  • Falta de acesso à internet fornecida pelo Estado, obrigando os professores a arcarem com os custos;
  • Acúmulo de livros didáticos e paradidáticos sem destinação adequada;
  • Não distribuição de fardamento escolar;
  • Ausência de profissionais de apoio para alunos com deficiência.

Além da Escola Padre João, o MPAM acompanhará a situação de outras escolas da cidade, como parte de uma atuação mais ampla na área da educação.

Cobranças à Seduc e gestores escolares

Entre as providências adotadas, o MPAM oficiou o secretário de Estado da Educação, solicitando que, no prazo de dez dias úteis, informe quais medidas estão sendo tomadas para solucionar as falhas apontadas.

Além disso:

  • Os gestores das escolas estaduais Irmã Bruna e São Francisco devem apresentar, no mesmo prazo, um diagnóstico formal das deficiências enfrentadas.
  • O coordenador regional de Educação de Jutaí foi oficiado para informar se já tinha conhecimento prévio das situações relatadas e se comunicou formalmente à Seduc.

A atuação da Promotoria reforça o compromisso do MPAM com o direito à educação de qualidade e o cumprimento do dever do Estado em garantir condições adequadas para o ensino público.

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M.E