Se tem uma coisa que o ser humano ama é se movimentar, usar sua liberdade de diferentes formas. Mas com o passar dos anos, esses movimentos podem ficar atrelados a dores intensas.
A partir dos 30-40 anos, mais de 20% da população apresenta problemas nas articulações e/ou ossos, passando a sentir dores intensas a cada movimento, limitando a tão invejável flexibilidade da juventude.
A medicina possui diversos tratamentos para tratar essas situações, muitas vezes com medicamentos que acarretam diversos efeitos colaterais. E vem a pergunta: se sabemos que haverá um desgaste nas articulações com o passar do tempo (lembrem-se, somos como máquinas, nossas “peças” também apresentam desgaste por tempo de uso), existem formas de minimizar esse dano ou, ao menos prolongar a qualidade das articulações?
Atualmente, o uso de suplementos e ativos fitoterápicos (derivados de plantas) tem sido cada vez mais utilizados para diversas finalidades, temos explorado de forma mais intencional as terapias tradicionais milenares do mundo inteiro: chinesa, japonesa, africana e inclusive a nossa, amazônica. Ativos de conhecimento tradicional têm sido revisados, estudados e associados à tecnologia. Isso nos faz ter acesso a inúmeros ativos naturais para melhorar o funcionamento da máquina corpo humano, com opções até mesmo para melhorar as dobras do sistema (você entendeu, as articulações).
E quais seriam essas alternativas?
A grande diferença em todos os tipos de tratamentos modernos, é que além de conhecer melhor e mais opções de substâncias, conhecemos cada vez mais o funcionamento detalhado e mecanismo de ação do nosso corpo, que nos permite ser mais assertivos nos tratamentos e suplementação, podendo oferecer exatamente os nutrientes que aquela parte do sistema precisa para trabalhar melhor.
Dentre as opções fitoterápicas, podemos falar de plantas que ajudam a melhorar o desconforto do desgaste e ajudam na fluidez do movimento. Melhorar a qualidade do movimento ajuda bastante na diminuição da dor, e é possível ainda auxiliar a regeneração da cartilagem e melhorar a mobilidade de forma natural. Temos alguns favoritos para apresentar como boas opções de suplementação:
Disparado como favorito, temos o colágeno tipo 2, queridinho de todos os prescritores. Ao contrário do colágeno da beleza, que é dos tipos 1 e 3 e serve para melhorar pele e cabelo, o colágeno do tipo 2 auxilia no alívio das dores, na melhora da mobilidade e na regeneração da cartilagem. É nesse último que está um dos segredos desse tratamento: a cartilagem é o “colchão” amortecedor entre 2 ossos, por isso temos muita dor e a inflamação quando existe o desgaste da cartilagem, ficamos sem um amortecedor de qualidade, assim como acontece com a mola do carro.
Outro favorito recém famoso é uma planta do norte da África e Oriente Médio, a Boswellia serrata. Ela atua diminuindo dor, inflamação, desconforto e impede o desgaste da cartilagem, sendo uma das mais prescritas ultimamente para melhora da qualidade das articulações.
Da Amazônia, temos nossa tradicional unha de gato, que possui efeitos comprovados para diversos tipos de inflamações, desde sinusite e questões uterinas, até melhora das articulações e melhora do sistema imunológico em pacientes com câncer e Aids. A Amazônia não fez feio com sua representante!
Já o sul da África nos presenteia com a garra do diabo (eu sei, o nome é estranho, mas é devido à sua formação de garra que prende em tudo e não solta nunca mais, dez vezes pior que nosso carrapicho). esse tem potencial antiinflamatório tão relevante que permite inclusive reduzir as doses de corticoides e seus efeitos colaterais.
Além de todos esses fitoterápicos, alguns minerais, aminoácidos e proteínas são muito utilizados para melhora do desconforto e qualidade das articulações. Vale sempre procurar um bom profissional para avaliar as possibilidades e qual a sugestão mais adequada para cada situação.
Lembrando que o sobrepeso, cada vez mais relevante em nossa sociedade, é um dos principais vilões do desgaste das articulações a surgimento das dores. Além do excesso de gordura apresentar um metabolismo inflamado por si só, ainda temos o excesso de esforço das articulações inferiores para carregar os quilos extras.
E você, como está a qualidade dos seus movimentos?

(*) Natasha Mayer é Farmacêutica, formada pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM), pós-graduada em Cosmetologia pela Faculdade Oswaldo Cruz – SP, em Saúde Estética pela Biocursos e em Gestão de Empresas pela Fundação Dom Cabral. Mestre em Engenharia de Produção pela UFAM, CEO da Pharmapele Manaus e presidente da Associação dos Jovens Empresários e Empreendedores do Amazonas (AJE-AM).
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