O tráfego de veículos na nova ponte sobre o Rio Curuçá, na BR-319, foi liberado nesta segunda-feira (29). A estrutura havia desabado em 2022, matando cinco pessoas e deixando mais de dez feridos. Com investimento de R$ 28,4 milhões, a ponte deve facilitar a mobilidade dos motoristas nos dois sentidos da rodovia, que é a única ligação terrestre do Amazonas com Rondônia e o restante do país.
A ponte sobre o Rio Curuçá desabou em 28 de setembro de 2022. No entanto, desde 2021, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) já alertava para os riscos na região.

A liberação ocorreu por volta das 10h, sem cerimônia ou presença de autoridades. A inauguração oficial, com a presença do presidente Lula e do ministro dos Transportes, Renan Filho, está marcada para o mês de outubro.
No sábado (27), o senador Eduardo Braga (MDB-AM), acompanhado de uma comitiva de prefeitos, visitou o local. Durante a entrega, o parlamentar destacou que a conclusão da ponte representa mais economia, qualidade de vida, mobilidade, logística e segurança para a população do Amazonas.
“O primeiro de muitos passos que nós estamos dando na BR-319. Aqueles que nos acompanharam na viagem até Humaitá puderam ver a verdade sobre a rodovia. Naquele dia, eu disse que até o final de setembro a Ponte do Curuçá estaria pronta. Vencemos os desafios logísticos e de engenharia e, agora, a ponte está pronta”, afirmou Eduardo Braga.
Estrutura da nova ponte
A ponte possui 150 metros de extensão, duas faixas de tráfego, acostamento e passarela sinalizada na lateral. A construção enfrentou desafios de engenharia, como a oscilação do nível das águas e a necessidade de execução de um acesso lateral com aterro e balsa, para manter o fluxo de veículos durante as obras.
Situação da Ponte sobre o Rio Autaz Mirim
A ponte sobre o Rio Autaz Mirim, que desabou dez dias após o acidente no Rio Curuçá, também está em reconstrução, no quilômetro 25 da BR-319. Segundo o Dnit, a previsão é que a obra seja concluída no início de 2026.
As intervenções sofreram atrasos. Eduardo Braga informou que foi necessário adquirir novos equipamentos, já disponíveis no local, mas que houve demora na entrega de outros adquiridos fora do país.
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