O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) acompanha o pagamento do segundo lote do Projeto Floresta+ Amazônia, uma iniciativa do Governo Federal, por meio do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Nesta etapa, o Amazonas recebeu R$ 1,5 milhão em Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA), destinados a 201 agricultores familiares de 19 municípios do Estado.

O projeto reconhece e recompensa quem mantém áreas de floresta nativa conservadas, promovendo a redução das emissões de gases de efeito estufa e incentivando práticas produtivas sustentáveis na Amazônia. O Ipaam atua como parceiro técnico e articulador local, apoiando a identificação e mobilização dos beneficiários e garantindo a execução das ações em conjunto com órgãos municipais e comunitários.

Somente neste segundo lote, os agricultores beneficiados no Amazonas mantêm mais de 10,9 mil hectares de vegetação nativa em pé, equivalente a cerca de 15 mil campos de futebol de floresta preservada.

O diretor-presidente do Ipaam, Gustavo Picanço, destacou o papel do projeto na conciliação entre desenvolvimento econômico e sustentabilidade:

“O Floresta+ Amazônia é um exemplo de política pública que valoriza quem protege. O produtor rural que mantém sua área preservada presta um serviço essencial à sociedade e merece ser reconhecido por isso. O Ipaam tem orgulho de participar dessa iniciativa e contribuir para que esses recursos cheguem aos verdadeiros guardiões da floresta.”

De acordo com a coordenadora do projeto no Amazonas, Julia Linhares, os pagamentos já estão em andamento:

“O Amazonas foi um dos primeiros estados a receber o repasse do segundo lote, e cerca de 80% dos beneficiários já receberam o recurso. Os casos pendentes, em torno de 15% a 20%, envolvem apenas correções bancárias simples e devem ser resolvidos em breve.”

Beneficiários e valores

No Amazonas, os 201 agricultores familiares contemplados incluem 45,7% mulheres, distribuídos pelos municípios de: Autazes, Beruri, Borba, Canutama, Carauari, Careiro, Humaitá, Iranduba, Itacoatiara, Itapiranga, Lábrea, Manacapuru, Manaus, Maués, Novo Airão, Novo Aripuanã, Parintins, Presidente Figueiredo e Silves.

Os valores pagos variam de R$ 1,5 mil a R$ 28 mil, dependendo da fase do pagamento (Fase 1 ou Fase 2), do tamanho da área de vegetação nativa conservada (RVN) e da regularidade do Cadastro Ambiental Rural (CAR).

Financiado com recursos do Fundo Verde para o Clima (GCF), o projeto recompensa financeiramente pequenos produtores que contribuem para a conservação ambiental, mantendo suas áreas em conformidade com o CAR.

Etapas e participação

Para participar, o agricultor familiar deve possuir o CAR ativo e se inscrever nas chamadas públicas do projeto, divulgadas periodicamente pelo MMA, Floresta+ Amazônia e Ipaam. Após a validação dos dados e comprovação das boas práticas de conservação, o beneficiário passa a receber os pagamentos pelos serviços ambientais prestados.

Julia Linhares reforçou a importância do trabalho conjunto com o Ipaam:

“O trabalho conjunto tem sido essencial para garantir que os agricultores tenham acesso ao programa e recebam o reconhecimento por manter a floresta viva. Essa é uma forma concreta de valorizar quem produz sem desmatar.”

Sobre o Floresta+ Amazônia

O Projeto Floresta+ Amazônia é uma iniciativa do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, em parceria com o Pnud, com recursos do Fundo Verde para o Clima (GCF). Na modalidade Conservação, o projeto apoia quem protege e recupera a floresta, contribuindo para a redução das emissões de gases de efeito estufa.

A iniciativa promove a conservação da vegetação nativa por meio de pagamentos diretos a pequenos produtores e agricultoras familiares, proprietários de imóveis rurais com até quatro módulos fiscais e áreas de floresta preservada.

Para mais informações no Amazonas, a coordenadora local do projeto, Julia Linhares, pode ser contatada pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (92) 99394-1880.

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