Uma porta-voz do governo israelense anunciou neste domingo (12) que a libertação dos reféns mantidos em Gaza começará na manhã de segunda-feira (13). Israel e a Faixa de Gaza estão seis horas à frente do horário de Brasília.
“Esperamos que todos os nossos 20 reféns vivos sejam libertados ao mesmo tempo, entregues à Cruz Vermelha e transportados em seis a oito veículos, sem qualquer exibição doentia do Hamas”, afirmou Shosh Bedrosian, porta-voz do governo israelense.
Segundo Bedrosian, os reféns serão levados para áreas de Gaza controladas por Israel e, em seguida, transferidos para a base de Re’im, no sul do país, onde se reunirão com suas famílias.
Enquanto isso, milhares de palestinos seguem se deslocando para o norte, em direção à Cidade de Gaza, alvo dos ataques de Israel nos últimos dois meses, esperançosos de que o cessar-fogo encerre a guerra.
“Há muita alegria entre as pessoas”, disse Abdou Abu Seada, acrescentando que a celebração é temperada pela exaustão após dois anos de conflito que devastou grande parte de Gaza.
Pelo acordo de cessar-fogo, o Hamas deve libertar até o meio-dia de segunda-feira (6h, horário de Brasília) os reféns capturados em 7 de outubro de 2023, quando o grupo lançou o ataque surpresa contra Israel que deu início à guerra.
O coordenador de reféns de Israel, Gal Hirsch, informou na quinta-feira que uma força-tarefa será formada para localizar restos mortais de quaisquer reféns mortos que o Hamas não consiga encontrar.
O ex-presidente Donald Trump chega a Israel nesta segunda-feira (13) para discursar no Knesset, antes de seguir para Sharm El Sheikh, no Egito, para uma cúpula de líderes mundiais sobre o fim da guerra em Gaza.
No sábado, Trump enviou representantes, Steve Witkoff e Jared Kushner, a um comício em Tel Aviv, que muitos israelenses esperam que marque o fim das manifestações pedindo a libertação dos reféns e o fim do conflito.
Os Estados Unidos, junto com Egito, Catar e Turquia, mediaram o que definiram como a primeira fase do acordo entre Israel e Hamas, incluindo cessar-fogo, libertação de reféns pelo Hamas e de prisioneiros e detidos por Israel.
“Esperamos por este dia há dois anos. Estamos felizes pela família, pelos reféns, porque finalmente… os veremos”, disse a manifestante Dalia Yosef, agradecendo a Trump.
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