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Editorial

O sistema eleitoral

Em live, Bolsonaro destacou que a auditoria terá que ser feita para “termos eleições livres de qualquer suspeita e de interesse externo”

Divulgação

Novas declarações do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), colocando em dúvida o sistema eleitoral brasileiro, aumentam o clima de tensão política e provocam reações diversas contra a ameaça de “golpe” que ronda as eleições gerais deste ano.

Na quinta-feira (5), o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, divulgou que o partido contratará uma empresa para realizar auditoria “antes das eleições” de outubro a fim de medir o nível de inviolabilidade das urnas eletrônicas.

Especialistas alertam que tal auditoria é desnecessária, uma vez que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) realiza o procedimento antes, durante e depois da votação, um processo que é livremente acompanhado por qualquer partido envolvido na batalha eleitoral.

Em live, Bolsonaro destacou que a auditoria terá que ser feita para “termos eleições livres de qualquer suspeita e de interesse externo”, provocando mais tensão no já conturbado processo pré-eleitoral brasileiro.

Dos Estados Unidos, o diretor da Agência Central de Inteligência (CIA), William Burns, lançou um apelo para que Bolsonaro encerre seus ataques ao sistema eleitoral. Note-se que as manifestações de Burns sobre a questão remontam a 2021, sempre retidas em bastidores. Mas, agora, com as eleições brasileiras ameaçadas, os comentários vieram a público, tentando contribuir para aparar as arestas entre o Palácio do Planalto e o TSE.

A intervenção de Burns é vista como uma forma de alertar o Planalto sobre a posição norte-americana no atual embate e ajudar a impedir a repetição, no Brasil, da invasão do Capitólio, ocorrida em 6 de janeiro de 2021, após a derrota de Donald Trump nas eleições americanas para Joe Biden.

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