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ESCLARECIMENTO

Senado pede esclarecimento de mensagens de ex-presidente da Petrobras

Senadores solicitam acesso dos aparelhos telefônicos celulares utilizados pelos presidentes da Petrobras desde 2019

Foto: Walter Barreto/Agência Senado

Brasília (DF) – Senadores solicitam acesso dos aparelhos telefônicos celulares utilizados pelos presidentes da Petrobras desde 2019. O requerimento de informação foi apresentado nesta segunda-feira (27) por três senadores que pedem que o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, preste informações sobre registros de mensagens trocadas em celulares corporativos e registros audiovisuais de reuniões do Conselho Administrativo da Petrobras.

Em uma troca de mensagens entre os ex-presidentes da empresa Roberto Castello Branco e do Banco do Brasil Rubem Novaes, Castello Branco chegou a dizer que o celular corporativo que ele devolveu para empresa continha mensagens e áudios que podem incriminar o presidente Jair Bolsonaro. Mas não falou que crimes seriam.

“Se eu quisesse atacar o Bolsonaro não foi e não é por falta de oportunidade (sic). Toda vez que ele produz uma crise, com perdas de bilhões de dólares para seus acionistas, sou insistentemente convidado pela mídia para dar minha opinião. Não aceito 90% deles [dos convites] e quando falo procuro evitar ataques. No meu celular corporativo tinha mensagens e áudios que podem incriminá-lo. Fiz questão de devolver intacto para a Petrobras”, teria dito o ex-presidente da estatal.

A conversa entre os dois, que ocuparam os cargos no início do governo, se deu por conta de uma reclamação de Novaes em relação a críticas que Castello Branco estaria fazendo contra Bolsonaro.

No pedido de requerimento, os senadores Jean Paul Prates (PT-RN), Jaques Wagner (PT-BA) e da senadora Zenaide Maia (PROS-RN), requerem, entre outros pontos, informações sobre as regras internas para a preservação dos dados de ex-ocupantes da Petrobras e solicitam cópia dos arquivos de mensagens, inclusive em aplicativos de mensagens, dos aparelhos telefônicos celulares utilizados pelos presidentes da Petrobras desde 2019.

A exigência foi apresentada no plenário do Senado, segundo a assessoria do primeiro subscritor, e precisa ser apreciada pela Mesa Diretora do Senado.

“Trata-se de mais um indício preocupante de gestão temerária da Petrobras, que começou recentemente a ser investigada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) após o anúncio irregular da renúncia de seu último presidente, José Mauro Coelho, em desacordo às práticas de mercado de valores”, disse o requerimento, em sua justificativa.

com informações da Assessoria*

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