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Brasil se posiciona

Líderes políticos do Brasil se posicionam em meio à guerra entre a Rússia e Ucrânia

O presidente Bolsonaro não condenou os ataques da Rússia, enquanto membros da Câmara e Senado afirmam violação de regras internacionais

Divulgação

Após a Rússia declarar invasão ao território da Ucrânia, na madrugada desta quinta-feira (24), líderes políticos no Brasil, se posicionam acerca dos ataques.  O presidente Jair Bolsonaro (PL) evitou comentar o conflito no Leste Europeu e disse apenas, em publicação nas redes sociais, que está “totalmente empenhado” na proteção e auxílio de brasileiros que estão na região da Ucrânia.

“Nossa Embaixada em Kiev permanece aberta e pronta a auxiliar os cerca de 500 cidadãos brasileiros que vivem na Ucrânia e todos os demais que estejam por lá temporariamente”,

escreveu.

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB) foi o primeiro integrante do alto escalão brasileiro a comentar a situação. O general declarou que “tem que haver uso da força e apoio à Ucrânia”.

Mourão disse que o Brasil não concorda com a invasão do país ucraniano. Ele negou que o Brasil esteja adotando uma posição de neutralidade no conflito e lembrou que o país está se posicionando por meio da atuação na Organização das Nações Unidas (ONU).

Após o posicionamento, o presidente Bolsonaro criticou a atitude de Mourão por ter se manifestado sobre o conflito. Segundo ele, o Brasil não está adotando uma posição de neutralidade no conflito e lembrou que o país está se posicionando por meio da atuação na Organização das Nações Unidas (ONU).

“O Artigo 84 da Constituição Federal diz que quem fala sobre esse assunto é o presidente da República. E o presidente da República se chama Jair Messias Bolsonaro. Então, com todo respeito, a pessoa que falou isso, está falando algo que não deve. Não é de competência dela, é de competência nossa”,

disse Bolsonaro durante transmissão ao vivo nas redes sociais.

Em nota, o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que assim como toda a comunidade internacional, o Legislativo brasileiro acompanha “com crescente preocupação o agravamento do conflito entre Rússia e Ucrânia”.

“Como presidente do Congresso Nacional e, em nome de meus pares, reafirmamos a necessidade de um diálogo amplo, pacífico e democrático com vistas a uma rápida solução negociada que contemple os legítimos interesses das partes envolvidas”, ressaltou.

Também por meio de nota, a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados informou que repudia “de forma veemente” os ataques contra o território ucraniano.

“Os bombardeios russos contra a Ucrânia, país soberano que conquistou sua Independência em 1991, violam as regras e normas internacionais e devem ser fortemente condenados pelas instâncias multilaterais e os governos democráticos”, destacou o presidente da comissão, deputado Aécio Neves (PSDB-MG).

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), defendeu a via da diplomacia para solucionar o conflito entre Rússia e Ucrânia. Nesta quinta-feira (24), tropas russas invadiram o país vizinho o que tem repercutido no mundo inteiro. Através de suas redes sociais, Lira, se posicionou contra a guerra.

“O mundo já enfrenta o luto de milhões de perdas da pandemia de Covid-19. À medida que voltamos à normalidade, assistimos uma escalada sem precedentes entre Rússia e Ucrânia. Neste momento, precisamos de paz, entendimento e que as duas nações busquem os caminhos diplomáticos”, disse.

O secretário de comunicação do Itamaraty, Leonardo Gorgulho alertou que a Embaixada do Brasil em Kiev não realiza operações de resgate.

“Aos brasileiros na capital Kiev, que permaneçam em casa, seguido a recomendação das autoridades ucranianas. Solicita-se aguardar novas orientações da embaixada”,

disse o secretário.

Já aos brasileiros que estão no lado leste do país, a orientação é para que deixem a região.

“Os que não puderem deixar o país por meios próprios, devem deslocar-se a Kiev e contatar imediatamente a embaixada”, explicou.

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