O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD), afirmou que pode entrar em discussão a criação do cargo de senador vitalício aos ex-presidentes da República, assim como fim da reeleição o chefe do executivo. Ao mesmo tempo, conforme o parlamentar, o cargo não pode ser utilizado para proteger ninguém.
“Não pode ser uma mudança constitucional que vise solucionar problemas ou questões pessoais do presidente A ou B. A ideia pode ser concebida, discutida, acho até que elevaria a qualidade da discussão do Senado Federal”, declarou Pacheco, em entrevista à Globo News na tarde desta terça-feira (31).
Na avaliação do senador, é uma ideia honesta e possível, mas “não pode ser casuísta”. “Ela não pode ser só com o fim de se estabelecer proteção a um presidente A ou presidente B”, afirmou. Segundo Pacheco, a discussão ainda vai levar um “bom tempo” e tem que ser amadurecida.
“Eventualmente esse instituto da possibilidade de um senador vitalício e do próprio fim da reeleição ser projetada para o futuro”, disse. “Mas são questões de aperfeiçoamento do ordenamento político e tudo o que vier para o aperfeiçoamento do legislativo para melhorar a qualidade do legislativo obviamente que vamos estar abertos a ouvir sem obviamente fechar questão porque é uma reflexão e decisão que gera muitos reflexos e consequências.”
‘Vou buscar esgotar todas as possibilidades de negociação’
Pacheco também afirmou na mesma entrevista que manterá um “espírito de colaboração” com o governo, destacando que a Casa “não pode ser palco de revanchismo e retaliação a outros Poderes”. “Torcemos para que o governo dê certo”.
“Meu papel é buscar convencimento dos senadores de que é preciso continuidade. Vou buscar esgotar todas as possibilidades de negociação”.
Apesar disso, o senador prometeu não privilegiar ninguém se conseguir se reeleger. “Oposição e situação podem ter absoluta segurança que terão toda atenção minha”. Ele comparou com sua atuação durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, durante a qual disse que a Casa afirmou “independência”.
A eleição à Presidência do Senado acontece nesta quarta, 1º de fevereiro. Pacheco disse na entrevista que tem “boa projeção” para sua reeleição e afirmou ter recolhido apoio da “maioria dos senadores, dos partidos nos últimos dois anos”. O senador diz ter “compromisso” com o Parlamento. “Nunca abri mão de defender o Poder Legislativo”.
* Com informações do Estadão
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