Manaus (AM) – O Dia Internacional da Mulher, comemorado neste dia 8 de março, é conhecido como um marco na luta das mulheres para que fosse criada igualdade social entre o gênero feminino e masculino.
Em razão da conscientização desta data, a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) busca promover um ambiente igualitário dentro da instituição, onde as mulheres possam desenvolver suas habilidades em prol da segurança pública do Estado.
Sob o comando da delegada-geral Emília Ferraz, primeira mulher à frente da pasta, a PC-AM tem assegurado às policiais um ambiente de trabalho inspirador.
“O Estado que almejamos precisa estar além das diferenças de gênero. Carrego comigo muitas experiências que conquistei ao longo de 20 anos enquanto delegada. Ser a primeira a ocupar o cargo de delegada-geral da Polícia Civil do Amazonas é uma evolução para a instituição, e trabalho arduamente para que eu não seja a última. Neste 8 de março, almejo que as demais delegadas, investigadoras e escrivães sejam reconhecidas por seu trabalho”, salientou Emília.
A delegada-geral ressalta que todas as policiais exercem suas funções, podendo comandar grandes operações, delegacias especializadas, departamentos e casos de grande repercussão na sociedade.
Contribuição
Atualmente no comando da Delegacia Especializada em Apuração de Atos Infracionais (Deaai), a delegada Juliana Tuma relatou que ocupa um espaço necessário para contribuir diariamente com a segurança da população e desmanchar estigmas sobre a competência feminina.
“Em 2020, houve um avanço na instituição com a posse da delegada-geral Emília Ferraz como primeira mulher à frente da pasta. Eu me sinto realizada, pois as missões que me são dadas são de igual importância às designadas aos colegas homens. Não vivemos uma realidade de diferenças ao comandar operações importantes ou delegacias”, relatou Juliana Tuma.
Acolhimento e humanização
A titular da Deaai destaca que, além da força física e agilidade, as policiais femininas são exemplos de acolhimento e atendimento humanizado às vítimas e, algumas vezes, assumem papéis sociais que vão além da profissão.
“Estar na área da segurança pública me fez ter uma das minhas maiores realizações profissional e pessoal: prender um infrator por estupro de vulnerável de uma criança de apenas 10 anos. Nesse dia entendi que aquele lugar era exatamente onde eu deveria estar, colaborando para com a segurança da população”, disse a delegada.
Ao ouvir os relatos da vítima, que havia sido abusada, ela conta que, além de apurar as informações do caso como autoridade policial, precisou de forças para assumir o acolhimento da criança, que chegou à delegacia muito fragilizada.
“Olhei essa situação de forma empática e acolhi a vítima. Isso faz toda diferença na nossa profissão, humanizando cada registro recebido”, concluiu Juliana.
Para que os desfechos desses casos sejam um sucesso, existem outras mulheres comandando partes desse processo, como investigadoras, escrivães e servidoras que não trabalham diretamente nas investigações, mas colaboram para manter o bom andamento dos trabalhos da PC-AM.
Inspiração
A escrivã de polícia Klarisse Franco de Sá, lotada atualmente na Deaai, é uma das pessoas que faz parte desse ciclo. Ela comentou que, para manter um bom desempenho, é preciso ter poder de síntese, organização, saber ouvir atentamente as pessoas e ter responsabilidade, características que são frequentes nas mulheres.
“Todos nós trabalhamos em conjunto, identificamos características individuais em cada um, mas com foco único na segurança pública. Assim como as delegadas Emília Ferraz e Juliana Tuma, sei que como escrivã carrego grandes responsabilidades, e que a principal é inspirar outras pessoas”, afirmou Klarisse.
Conforme a escrivã, outras mulheres veem como inspiração o trabalho na polícia e continuam estudando e trabalhando constantemente para conseguir esse feito. Elas podem ser delegadas, investigadoras ou ocupar outras funções que elas almejam dentro da instituição.
Neste Dia Internacional da Mulher, a instituição busca destacar o bom desempenho e a força das policiais femininas. Elas não têm mais a necessidade de comprovar sua competência, são as protagonistas das suas próprias histórias e muito além disso, são isonômicas ao comandar espaços na segurança pública.
*Com informações da assessoria
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