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Empresários preocupados

1 ano após crise do oxigênio, empresários temem novo fechamento

O aumento de casos de covid-19 gerou uma preocupação nos empresários de Manaus

Manaus (AM) – Com a explosão de casos da variante ômicron no Amazonas em janeiro, empresários de Manaus se preocupam com uma nova onda de covid-19.

Há um ano, Ana Cláudia Soares cogitava fechar o Bar do Armando, um dos pontos mais tradicionais de Manaus.

Á época, o estado sofria com falta de oxigênio em hospitais e milhares de pessoas morrendo de Covid-19 à espera de leito de UTI.

O lugar já foi palco de eventos históricos, como a fuga de funcionários públicos da Polícia Militar durante a Greve de Fome, em 1983, vive atualmente sob ameaça de nova crise devido à variante Ômicron.

A falta de oxigênio afetou o comércio, que fechava mais cedo para evitar a proliferação do vírus em horários de pico, além de obrigar restaurantes a trabalharem em sistema delivery.

“Foram meses bem intensos. Acho que os únicos que sentiram menos a crise que passamos foram farmácias e supermercados”, afirma.

Ana Cláudia revela preocupação com um novo fechamento. “É muito preocupante. No meu setor, há um forte medo de queda ainda maior de público. As pessoas se resguardam por causa da proliferação do vírus e, naturalmente, já temos uma queda de público em janeiro devido às chuvas aqui no estado”, completa.

Esperança em meio a incertezas

Dona de hotéis e agência de viagem em Manaus, Cláudia Mendonça lembra da recuperação que teve no segundo semestre do ano passado.

O avanço da vacinação contra a Covid-19 no país colocou o turismo de volta nas pautas das famílias e aumentou a procura por vagas em seus estabelecimentos.

“Tivemos que reconstruir e repensar todos os nossos negócios. Para quem mexe com setor de turismo, imagina o quanto foi impactado? Basicamente ficamos parados o ano todo. Ainda bem que passamos pela pior fase, mas a Ômicron travou temporariamente nossa retomada do equilíbrio”.

A expectativa era de manter o crescimento neste começo de ano, época de férias escolares e quando a demanda de pacotes de viagens para o estado cresce. Os planos, no entanto, foram adiados com a chegada da variante Ômicron ao Brasil.

“Desde setembro, estávamos com nossos negócios apresentando boas altas e basicamente tudo normalizado. Tivemos um final de ano bacana, mas agora em janeiro sentimos uma desacelerada devido à nova onda. Tenho muita fé que isso tudo vai passar. Eu acredito que fevereiro a gente já consegue normalizar tudo aqui por Manaus e seguir o nosso caminho”, afirma Cláudia.

O futuro será melhor

Ana Cláudia acredita que os casos da variante Ômicron devem cair nos próximos meses e prevê aumento nos lucros em relação ao ano passado. Embora as expectativas sejam positivas, ela alerta para a necessidade de se criar uma reserva financeira para se adiantar às crises.

“O que eu levo dessa crise como lição é a necessidade de sempre obter uma reserva financeira. Sempre pensar muito na hora de investir, fazer grandes investimento em estoque. Eu perdi muito estoque, tive que jogar fora muito produto vencido. Perdi demais e não ganhei nada”.

*Com informação do IG

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