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Democracia

Conservadores do AM afirmam manter confiança e lealdade em indicações de Bolsonaro

Por 5 votos a 2 a favor da condenação e a inelegibilidade, Bolsonaro ficará fora das eleições até 2030

Manaus (AM) — Após a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível por oito anos, na última sexta-feira (30), políticos com viés de direita no Amazonas comentaram, nesta segunda-feira (3), sobre a lacuna deixada na ala conservadora no estado. 

Em declaração ao Em Tempo, o ex-candidato a senador Coronel Menezes (PL) alegou que a decisão do TSE foi uma questão política e que “Nós temos que continuar tendo esperança no nosso país”, “a ideologia da esquerda só produz miséria e desgraça”. Menezes acredita que o país precisa pensar em um futuro próspero, no avanço e em melhores gestões. 

Quando questionado sobre novamente concorrer para prefeitura de Manaus e uma possível união da direita para sua eleição, Coronel Menezes afirmou que a ‘união da direta’ é uma ‘invenção da esquerda’ e que o Amazonas possui políticos qualificados que receberão o apoio do ex-presidente, pensando no melhor para a cidade de Manaus. 

Por 5 votos a 2 a favor da condenação e a inelegibilidade, Bolsonaro ficará fora das eleições até 2030 com voto decisivo dado pela ministra Cármen Lucia. Ao longo da semana, lideranças do PL afirmaram que, caso a inelegibilidade se concretizasse, Bolsonaro se tornaria o “maior cabo eleitoral” do partido. Nas redes sociais, Valdemar ressaltou qual será o papel do ex-presidente a partir de agora.

“Vamos trabalhar dobrado e mostrar nossa lealdade ao presidente Bolsonaro. Podem acreditar que a injustiça de hoje será capaz de revelar o eleitor mais forte da nação. E o resultado disso será registrado nas eleições de 2024 e 2026. Mais do que nunca, o Brasil precisa de força. É hora de superação. Bolsonaro é o maior líder popular desde a redemocratização e vai continuar sendo”

, escreveu.

O vereador Capitão Carpê Andrade (Republicanos) afirmou que a decisão do TSE foi ‘completamente desproporcional’, que o ex-presidente Bolsonaro assim como qualquer cidadão deve ter o direito de questionar e cobrar mais transparência no processo eleitoral. Carpê inclusive Recentemente está sendo mostrado que até mesmo o ministro da justiça de Lula, Flávio Dino, já foi a favor do voto impresso e questionou possíveis fraudes. Por isso, acredita que a punição foi algo ‘descabido’.

“A direita tem sido muito bem sucedida em ocupar cadeiras na política, sobretudo nos parlamentos. Acredito que por toda a sua história e o que representa para a direita, Bolsonaro deve continuar sendo o grande líder desses brasileiros. A expectativa é que a direita possa discutir e unir esforços para encontrar um nome que possa derrotar Lula na próxima eleição. Quem Bolsonaro indicar certamente vai ter muitas chances”

, declarou.

Terceiro presidente a ficar inelegível 

Jair Bolsonaro (PL) é o terceiro presidente a ficar inelegível, justificando em crime contra a democracia, os outros dois foram o Lula e Fernando Collor de Mello. O atual presidente Lula teve a decisão revogada em 2021. 

A inelegibilidade deixa Bolsonaro fora das eleições de 2024, 2026 e 2028, podendo se candidatar apenas em 2030.

Em coletiva de imprensa em Belo Horizonte, na tarde de sexta-feira (30), Bolsonaro declarou que sua inelegibilidade, determinada por maioria no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), é “a primeira condenação por abuso de poder político”. Ele classificou a decisão como “uma apunhalada”, comparando o processo com a facada que sofreu em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, em setembro de 2018.

Na fala, Bolsonaro reiterou que “foi condenado em cima de um decreto que não foi concluído” pela Polícia Federal, e também citou que as apurações sobre os ataques de 8 de janeiro às sedes dos Três Poderes, em Brasília, também não chegaram a conclusões definitivas. O ex-presidente ainda ressaltou que “a transição (entre o governo dele e o de Lula) foi feita na normalidade”, e negou qualquer aspiração golpista de seus apoiadores.  

“Eu me recolhi, a transição feita na absoluta normalidade. Ninguém do PT pode reclamar de nenhum ministro meu sobre a transição. Dia 30 (de dezembro), eu saí do Brasil e infelizmente aconteceu o 8 de janeiro. Quem fala em golpe, não sabe o que é golpe. Com todo o respeito, é um analfabeto político”

, disparou.

“Ninguém vai dar golpe com senhorzinhos e senhorinhas com a bandeira do Brasil”, acrescentou. O ex-presidente declarou que que há “300 presos injustamente” em decorrência dos protestos em Brasília.   

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