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Cenário cultural amazonense

“Cabaré Chinelo” celebra 10 anos do Ateliê 23 com espetáculo no Teatro Gebes Medeiros, em Manaus

As apresentações ocorrerem nos dias 24, 25, 31 de agosto e a agenda se estende até 1º de setembro, com sessões às 20h

Espetáculo Cabaré Chinelo Foto: Hamyle Nobre

Manaus (AM) – O espetáculo “Cabaré Chinelo” está de volta ao Teatro Gebes Medeiros, situado na Avenida Eduardo Ribeiro, 937, Centro de Manaus, no mês que o Ateliê 23 celebra 10 anos de atuação no cenário cultural amazonense. As apresentações ocorrerem nos dias 24, 25, 31 de agosto e a agenda se estende até 1º de setembro, com sessões às 20h.

Os ingressos estão disponíveis por R$ 25 (meia entrada) no Shopingressos (shopingressos.com.br) e pelo Instagram (@atelie23). A classificação é 18 anos.

A produção inspirada na pesquisa do historiador Narciso Freitas propõe uma imersão entre 1900 e 1920, com a história de Mulata, Balbina, Antonieta, Soulanger, Felícia, Laura, Joana, Luiza, Enedina, Sarah, Maria e Gaivota.

O projeto em parceria com a companhia argentina García Sathicq traz, 100 anos depois, uma denúncia sobre mulheres vítimas de um grande esquema de tráfico internacional e sexual no início do século XX, na capital do Amazonas.

No elenco estão Vivian Oliveira, Sarah Margarido, Andira Angeli, Julia Kahane, Thayná Liartes, Fernanda Seixas, Daphne Pompeu, Daniely Peinado, Vanja Poty, Ana Oliveira, Bruna Pollari, Allícia Castro, Taciano Soares e Eric Lima, além dos músicos Yago Reis, Guilherme Bonates e Stivisson Menezes.

A nova temporada da peça em Manaus compõe a programação de aniversário da companhia de teatro, que traz entre os destaques a estreia do curta-metragem “Ensaio de Despedida”, dirigido por Eric Lima, no Festival de Cinema da Amazônia – Olhar do Norte 2023, no dia 23 de agosto, às 20h, no Teatro Amazonas.

Segundo Taciano Soares, diretor do grupo, não tem melhor forma de comemorar, uma vez que o Ateliê 23 também vem de três apresentações em São Paulo, no Sesc Pinheiros e Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto, além de ter conquistado o prêmio de melhor atuação nacional no 8º Festival Internacional de Cinema da Diversidade Sexual e de Gênero de Goiás, com a personagem Belinho, do filme “A Bela é Poc”, primeiro curta do grupo.

“Estamos muito felizes com o reconhecimento do nosso trabalho. Fiquei muito honrado, surpreso e feliz porque o trabalho empático que construímos”,

afirma o artista.

Premiado

Curta “A Bela é Poc” tem circulado por festivais de cinema pelo Brasil Foto: Larissa Martins

Desde a estreia, em outubro de 2021, no Teatro Amazonas, o curta “A Bela é Poc” tem circulado por festivais, como Circuito Penedo de Cinema, em Alagoas; edição de 2022 do Festival de Cinema da Amazônia – Olhar do Norte, na capital amazonense; Shorts México, um dos maiores festivais de curtas-metragens da América Latina; e KASHISH Mumbai International Queer Film Festival, evento anual LGBT que acontece em Mumbai, na Índia.

O filme, que faz parte de um projeto que inclui o clipe “Glowria” e a videodança “Azul”, participou ainda da “Expedição Cultural”, do Governo do Amazonas por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, e foi exibido em nove cidades do interior.

“Tenho muito orgulho de falar disso, porque, embora tenha classificação 16 anos e trate da homofobia de forma poética, mas muito dolorida, o filme teve uma aceitação maravilhosa”,

comenta Taciano Soares.

O enredo narra a trajetória de Belinho, um homem gay que tem o sonho de ser artista, mas é vítima de homofobia e violência.

“O Belinho foi um filho muito desejado, então desde a estreia dele, as pessoas comprovaram para nós como a personagem tem uma adesão muito grande. As pessoas se identificam, se emocionam e reconhecem”,

destaca o diretor.

“É uma figura parte de mim. Percebo, apesar de ter muito da minha vida como homem gay, mas o Belinho é uma composição muito especial e eu fico honrado com o meu trabalho como ator sendo reconhecido nesses outros lugares também.”

Ateliê 23

Ensaio de Despedida do Ateliê 23 Foto: Demi Brasil

Em dez anos de estrada, o Ateliê 23 tem sede no Centro de Manaus desde março de 2015, na Rua Tapajós, 166, com 30 espetáculos, cinco shows e quatro obras audiovisuais no repertório. A principal característica do grupo é trabalhar com histórias da vida real, objeto da tese de Doutorado “Bionarrativas Cênicas: Dispositivos de Comoção em Obras do Ateliê 23”, defendida por Taciano Soares na Universidade Federal da Bahia.

Entre obras de sucessos de público e crítica estão “Helena”, selecionado para a mostra a_ponte: cena do teatro universitário do Itaú Cultural e indicado ao Prêmio Brasil Musical; “da Silva” e “Ensaio de Despedida”, indicados para o projeto Palco Giratório, do Sesc; “Vacas Bravas” e “Persona – Face Um”. Este último colocou em pauta o tema transfobia e ficou um ano e meio em cartaz.

*Com informações da assessoria

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