O presidente russo Vladimir Putin ordenou, na noite dessa sexta-feira (25), que os integrantes do Grupo Wagner prestem um juramento de lealdade ao governo estabelecido. A pressão oficial do Kremlin veio dois dias depois de o líder dos grupo militares rebeldes, Yevgeny Prigozhin, morrer em um acidente de avião.
O comando de Putin de obrigar a um novo juramento é para reordenar as tropas e para que os soldados voltem a respeitar suas ordens em meio ao conflito com a Ucrânia, que já dura quase 20 meses. Na quarta-feira (23), Prigozhin e outras nove pessoas, todos comandantes do alto escalão do Grupo Wagner, morreram quando o jato particular caiu perto de Moscou.
A ordem de juramento afirma, segundo o The Telegraph, que é preciso “seguir estritamente as ordens dos comandantes e superiores, assim como cumprir inteiramente as suas obrigações durante a operação militar especial”, como o governo russo se refere à Guerra na Ucrânia.
Há dois meses, o grupo anunciou um motim e que não reconhecia Putin como comandante, mas um acordo pôs fim à rebelião poucas semanas depois. As relações com o grupo rebelde, porém, seguiam estremecidas e em negociações.
Grupo Wagner parece se desmobilizar
Especialistas em política internacional especulam um envolvimento de espiões russos na queda da aeronave, ainda que o Kremlin rejeite as acusações, afirmando serem “mentiras absolutas”. Algumas autoridades russas, por sua vez, apontam para aliados da Ucrânia como autores das mortes para reanimar os desejos rebeldes
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Em contrapartida ao assédio russo, outras tropas rebeldes que lutam em apoio à Ucrânia, como o Corpo de Voluntários Russos, está tentando atrair os dissidentes do Grupo Wagner para marchar contra Moscou para vingar a morte de Prigozhin.
Os canais do Telegram ligados ao grupo estavam cheios de homenagens aos seus líderes assassinados, mas sem apelos por uma revolta contra o Kremlin. Eles publicaram fotos de santuários improvisados em Moscou, São Petersburgo e cidades provinciais cobertos de flores e velas, bem como fotos de Prigozhin e de outros líderes falecidos.
*Com informações do Metrópoles
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