Pelo menos 2.681 pessoas morreram no terremoto que atingiu Marrocos na sexta-feira (8) e 2.501 ficaram feridas, informou a emissora estatal 2M nesta segunda-feira (11).
As equipes de resgate ainda estão vasculhando os escombros e tentando chegar a comunidades isoladas após o terremoto devastador que matou milhares de pessoas.
O pior impacto ocorreu na província de Al Haouz, onde morreram quase 1.500 pessoas. A região, como muitos outros locais gravemente afetados, fica ao sul de Marrocos, no sopé da Cordilheiras do Atlas, e inclui aldeias e povoações remotas que têm sido de difícil acesso para as equipas de resgate.
Testemunhas oculares disseram que algumas cidades estão completamente destruídas, com quase todas as casas numa área da aldeia de Asni danificadas.
Com magnitude de 6,8, o terremoto que partiu das montanhas do Alto Atlas, no Marrocos, na noite de sexta, foi o mais forte já registrado para a região em pelo menos 120 anos, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos.
Embora possíveis, terremotos deste tamanho na região são incomuns, segundo o serviço norte-americano. Desde 1900, foram nove abalos com magnitude superior a 5, mas nenhum deles chegou a alcançar os 6.
O epicentro do terremoto, a 18 quilômetros de profundidade, fica a cerca de 70 quilômetros do popular centro turístico e econômico de Marrakech, e deixou um rastro de destruição nas cidades.
O tremor aconteceu pouco depois das 23h da sexta-feira, no horário local (19h em Brasília).
Sobreviventes ficam “à própria sorte”
Moulay Brahim já foi um lugar feliz para Sami Sensis. A vila está localizada no alto das montanhas do Atlas marroquino, e sua paisagem, ar puro e gente simpática atraíam seus pais quase todos os verões.
Eles estão agora enterrados sob os escombros do seu hotel, nos arredores do que resta da cidade. O edifício desabou parcialmente após o forte terremoto.
Sensis, 39 anos, estava cada vez mais desesperado e frustrado. “Não consigo nem enterrá-los. Não consigo vê-los, não sei onde estão”, disse ele, com a voz embargada de emoção e raiva.
O telefone dele não para de tocar há dois dias. Família e amigos seguem ligando para ele, constantemente pedindo novidades.
Mas ele não tem novidades para compartilhar. O local tornou-se muito instável e perigoso e os bombeiros locais ordenaram que os moradores deixassem a área, interrompendo a busca pelos desaparecidos.
“Nada está acontecendo. Estamos esperando. Eles decidiram não fazer nada. Apenas nos dizem para sermos pacientes, nos fazem promessas”, disse Sensis, acrescentando que também tentou entrar no prédio desabado para procurar seus pais.
*Com informações da CNN Brasil
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