Manaus (AM) – Entre cortes, serras, medidas e cuidados, vão surgindo, no número 66 da rua Bernardo Ramos, os pisos, forros e esquadrias em madeira do futuro Casarão Thiago de Mello, obra do programa “Nosso Centro”, da Prefeitura de Manaus.
A edificação histórica vai se transformando novamente em um clássico casario do século 19, em um imóvel datado de 1908 e classificado como uma unidade de interesse de preservação de segundo grau, de acordo com decreto 7.176/2004. A casa chegou a abrigar o depósito da firma Sinfrônio & Cia.
No piso, é feita uma composição de tábuas de sucupira e de louro-puxuri, que vão formando uma paginação e, abaixo dele, há um tipo de contrapiso, que servia como uma espécie de forro, para proteger de ruídos e sons, dando mais conforto ao ambiente. A recomposição só é feita nos trechos onde a madeira está muito danificada, sem possibilidade de recuperação devido à ação do tempo, de chuvas, umidade e do abandono que o imóvel sofreu por anos.
O casario está sendo reformado, com térreo e pavimento superior, para abrigar a exposição permanente da vida e obra do poeta e jornalista Thiago de Mello.
O prefeito David Almeida vem destacando sempre que é prioridade da gestão reabilitar o Centro Histórico de Manaus.
“São espaços públicos, há muitos anos, esquecidos e que voltarão a ser utilizados, como o antigo casario. Queremos promover a conexão das pessoas com a natureza e a cidade, com foco no desenvolvimento do turismo, lazer, esporte e, principalmente, na qualidade de vida da população”,
comentou.
E das janelas do casario se avista a construção do mirante Lúcia Almeida, na avenida 7 de Setembro, que avança com obras em várias frentes, desde o aterro compactado entre o prédio e as estacas-pranchas até a bela e sinuosa cobertura metálica do espaço, que recebe, ainda, serviços de reboco externo e pintura nas fachadas e a estrutura para receber o forro.
No local, operários trabalham na montagem das escadas metálicas e instalações elétricas, além da estrutura de prevenção e combate a incêndio, com tubos e hidrantes.
No que antes era uma área abandonada, hoje, já se nota a dinâmica de um futuro largo de pedestres, o largo de São Vicente, que tem assentamento de pedras São Thomé, meio-fio e sarjeta de rua externa e aterro e reaterro de calçadas.
O canteiro de obras funciona de segunda a segunda, sem pausa e nem nos feriados. Quem passa pelo trecho não reconhece mais a antiga área, antes abandonada.
A área total do mirante é de 4,9 mil metros quadrados e o prédio será o primeiro espaço multigeracional vertical da capital.
Todas as obras têm aprovação do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) Amazonas (processo nº 01490.000103/2022-81).
*Com informações da assessoria
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