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FORAGIDOS

Secretário admite falhas em protocolos após fuga em prisão de segurança máxima

Ministro Lewandowski disse que trabalhará na modernização do sistema de videomonitoramento dos presídios e do controle de acesso com reconhecimento facial

Foragidos são Deibson Cabral e Rogério da Silva, ambos do Acre Foto: Divulgação

O secretário nacional de Políticas Penais do Ministério da Justiça, André Garcia, disse que, se os protocolos de segurança da penitenciária federal de Mossoró (RN) tivessem sido seguidos rigorosamente, as duas fugas inéditas no sistema não teriam acontecido.

“Não há chance de acontecer uma fuga se os protocolos de segurança forem observados. É muito provável que os procedimentos de segurança não tenham sido empregados da forma como deveriam ser”, disse Garcia durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (15) em Mossoró.

Durante a entrevista, o secretário evitou dar detalhes sobre a dinâmica das fugas e ações de buscas com a finalidade de recapturar os dois fugitivos, alegando que qualquer informação minuciosa poderia comprometer as ações e investigações em andamento.

“Nenhuma das possibilidade estão descartadas: relaxamento, facilitação ou seja lá o que a investigação indique. Não posso adiantar nada porque seria uma facilitação de minha parte”, afirmou.

André Garcia não descartou eventuais punições caso tenha ocorrido facilitação por parte de integrantes do sistema penitenciário. “Se forem identificadas individualmente condutas, obviamente ninguém vai deixar de agir.”

Medidas de segurança 

O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, disse, nesta quinta-feira (15), que 300 agentes foram mobilizados para procurar os dois detentos que fugiram da penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.

Em sua primeira entrevista coletiva à imprensa desde que assumiu o cargo, e mais de 24 horas depois de o episódio se tornar público, o ministro disse que a prioridade é achar Rogério da Silva Mendonça, 36, conhecido como Tatu, e Deibson Cabral Nascimento, 34, chamado de Deisinho. Segundo as investigações, eles são ligados ao Comando Vermelho.

Ele afirmou que também há tês helicópteros atuando, além de drones envolvidos na procura dos fugitivos que estão localizados no perímetro de cerca de 15 km do presidio até o centro da cidade.

A gestão dessas unidades é de responsabilidade da pasta de Lewandowski, que teve a sua primeira crise em 13 dias no comando do ministério. A fuga foi a primeira registrada no sistema penitenciário federal desde sua implantação, em 2006.

Mais cedo, o secretário nacional de Políticas Penais do Ministério da Justiça, André Garcia, disse que, se os protocolos de segurança da penitenciária federal de Mossoró (RN) tivessem sido seguidos rigorosamente, as duas fugas inéditas no sistema não teriam acontecido.

O ministro suspendeu banhos de sol, visitas sociais e de advogados nos presídios federais após o ocorrido. A medida vale para os dias 15 e 16 de fevereiro.

Além disso, foram suspensas também atividades de assistência educacional, laboral e religiosa. Somente os atendimentos emergenciais de saúde seguem mantidos.

*Com informações da Folha de S.Paulo

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