A agência nuclear da Organização das Nações Unidas (ONU) informou nesta terça-feira (29) que seu diretor-geral, Rafael Grossi, chegou à Ucrânia, para discutir a disponibilização de “assistência técnica urgente” a fim de garantir a segurança das instalações nucleares do país.
A Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) informou que o objetivo de Grossi é iniciar imediatamente “apoio de segurança e proteção” às instalações nucleares, que inclui envio de especialistas para locais prioritários e de material vital, além de equipamentos de vigilância e emergência.
O diretor irá nesta semana a uma das centrais nucleares da Ucrânia, mas não precisou qual.
A Ucrânia tem 15 reatores nucleares e quatro centrais ativas, além da unidade desativada de Chernobyl, onde ocorreu o desastre nuclear de 1986.
As forças russas controlam Chernobyl e a maior central nuclear da Europa, em Zaporijia.
“O conflito militar coloca as centrais nucleares da Ucrânia e outras instalações com material radioativo em perigo sem precedentes”, disse Grossi em comunicado.
“Já se esteve várias vezes por um triz. Não podemos perder mais tempo”, afirmou o diretor-geral da Aiea.
Desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, em 24 de fevereiro, edifícios no complexo da central de Zaporijia foram atingidos, e as instalações de Chernobyl ficaram mais de uma vez sem ligação ao sistema elétrico.
Pelo menos 1.035 civis morreram, incluindo 90 crianças, e 1.650 ficaram feridos, dos quais 118 menores, em mais de um mês de guerra, que provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, entre elas 3,8 milhões para os países vizinhos, segundo os dados mais recentes da ONU.
A invasão russa foi condenada pela comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento à Ucrânia e o reforço de sanções econômicas e políticas a Moscou.
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