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Manaus é uma das capitais com menor índice de fumantes do país, segundo Inca

Inca, órgão do Ministério da Saúde (MS), lançou, em Manaus, projeto nacional para controle do tabaco no país

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Manaus (AM) — O Instituto Nacional de Câncer (Inca), órgão do Ministério da Saúde (MS), lançou, em Manaus, projeto nacional para controle do tabaco no país. O Amazonas foi escolhido para sediar o evento, por ser um Estado com dimensões continentais, representando o desafio da logística para a saúde, e por, ao mesmo tempo, Manaus estar entre as capitais com menor índice de fumantes no Brasil.

O projeto lançado pelo Inca é denominado “Sustentabilidade por meio do fortalecimento e coordenação de iniciativas de controle do tabaco no âmbito estadual e municipal”. O evento ocorreu na segunda-feira (13), na sede da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM).

Durante o lançamento, representantes do Inca informaram que 14 municípios do Amazonas aderiram ao Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT). Essas cidades passam a desenvolver, através das secretarias municipais de saúde, projetos como grupos de apoio, distribuição de medicamentos, promoção e tratamento no combate ao tabagismo.

O projeto lançado pelo Inca prevê a criação de um grupo de trabalho intersetorial, que vai reunir órgãos do Estado, Município e universidades, para desenvolver ações de combate ao tabaco.

A secretária da SES-AM, Nayara Maksoud, destacou a importância das políticas públicas de saúde que dialoguem com a singularidade do Amazonas, desde a prevenção até a reabilitação de forma intersetorial.

“Vamos implementar ações que vão ajudar a melhorar ainda mais nossos indicadores, com relação a doenças causadas pelo tabagismo. A Secretaria de Saúde, junto com a Fundação Cecon e Inca, está reforçando a coordenação de combate ao câncer, trabalhando de forma integrada”,

observou a secretária.

O diretor-presidente da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), Gerson Mourão, ressaltou, no evento, os problemas gerados pelo consumo do tabaco, que é considerado o segundo fator de risco mais prevalente para doenças crônicas.

“É necessário a união de esforços, para a realização de campanhas educativas em todo o país”, afirmou. O tabagismo caracteriza-se como um importante problema de saúde pública, reforçou, frisando que todos devem estar envolvidos nessa luta. “As igrejas, as escolas, todos os segmentos que possam ajudar”, relacionou.

De acordo com a representante da Divisão de Controle do Tabagismo do Inca, Vera Borges, os esforços empreendidos, até agora, resultaram em uma significativa queda na prevalência de fumantes no Brasil, que diminuiu de 34,8%, em 1989, para 12,6% em 2019.

“Mesmo as taxas tendo caído, ainda enfrentamos o desafio de lidar com cerca de 20 milhões de fumantes em todo o território nacional. O tabagismo é responsável por 8 milhões de mortes, anualmente, em todo o mundo. Embora tenhamos avançado significativamente no controle do tabagismo, ainda precisamos vencer alguns desafios importantes”, avaliou a representante do Inca.

*Com informações da assessoria

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