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Investigação

Mãe e irmão de Djidja Cardoso acreditavam ser Maria e Jesus em seita ‘Pai, Mãe, Vida’, diz polícia

Testemunhas informaram que Cleusimar e Ademar Cardoso lideravam seita

Foto: Divulgação

Manaus (AM) – Após a prisão da mãe e do irmão de Djidja Cardoso, suspeitos de fornecer e distribuir a substância ketamina, além de incentivar e promover o uso da droga de forma recreativa, a polícia deu mais detalhes da investigação, e informou que Cleusimar e Ademar Cardoso acreditavam ser Maria e Jesus na seita “Pai, Mãe, Vida”.

A investigação iniciou após a morte da ex-sinhazinha do Boi Garantido, Djidja Cardoso, que foi encontrada morta dentro de sua própria residência na terça-feira (28).

O Inquérito Policial (IP) apontou que Ademar e Cleusimar lideravam a seita, e de acordo com os testemunhas, os funcionários do salão eram obrigados a participar e consumir drogas sintéticas. Em seu depoimento, o irmão de Djidja afirmou que os entorpecentes para resolver seus problemas.

Até o momento, o cabeleireiro Marlisson Vasconcelos Dantas ainda não foi localizado, e é considerado foragido.

Operação Mandrágora 

A Operação Mandrágora da Polícia Civil do Amazonas identificou que a mãe e irmão da ex-sinhazinha do Boi Garantido, Djidja Cardoso, lideravam uma seita religiosa, denominado “Pai, Mãe, Vida”, responsáveis por fornecer e distribuir a substância ketamina, além de incentivar e promover o uso da droga de forma recreativa.

Os dois foram presos , junto com funcionárias que ajudavam a manter a organização. Um dos suspeitos segue foragido.

Os policiais também cumpriram mandados de busca e apreensão. Frascos de ketamina foram achados nas unidades da rede de salões de beleza Belle Femme, que pertence família Cardoso, e também na casa onde a ex-sinhazinha foi achada morta.

A polícia também investiga se há relação entre a morte de Djidja e a atuação do grupo. A Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) vai esclarecer eventuais questionamentos acerca da investigação em torno da morte dela.

A ketamina (também escrita como cetamina ou quetamina) é um anestésico de uso humano e veterinário que se tornou uma droga ilícita na década de 1980.

A droga considerada um anestésico dissociativo, isto é, que causa efeitos alucinógenos, sensação de bem-estar e tem potencial sedativo quando usado como droga recreativa. Em doses menores, quem consome a substância pode se sentir eufórico e ter episódios de sinestesia – ou seja, “ver” cores e “ouvir” sons.

Prisões e crimes

Foram alvos da operação: Ademar Farias Cardoso Neto (irmão de Djidja), Cleusimar Cardoso Rodrigues (mãe de Djidja); Verônica da Costa Seixas (gerente do salão); Marlisson Vasconcelos Dantas (cabeleireiro do salão); e Claudiele Santos da Silva (maquiadora do salão).

Conforme o mandado de prisão, assinado pelo juiz Glen Hudson Paulain Machado, há a suspeita de envolvimento de Ademar, irmão de Djidja, em crimes como estupro e tráfico de drogas.

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