Após o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha (IFFar) confirmar que o ex-BBB Matteus Amaral entrou no curso de engenharia agrônoma usando cotas raciais, o gaúcho usou uma rede social para se pronunciar. No Instagram, ele se eximiu da culpa e disse lamentar o ocorrido.
“A inscrição foi realizada por um terceiro, que cometeu um erro ao selecionar a modalidade de cota racial sem meu consentimento ou conhecimento prévio”, alegou Matteus em nota publicada nos stories da rede social.
Ele ainda ressaltou que considera essa uma importante política para o país e disse lamentar a situação. “Lamento profundamente qualquer impressão de que eu teria buscado beneficiar-me indevidamente dessa política, o que nunca foi minha intenção”, garantiu.
Matteus ainda disse se arrepender de “quaisquer transtornos causados” e afirmou que é um “defensor ativo da igualdade racial e social”. “Agradeço a oportunidade de esclarecer este assunto e peço desculpas por qualquer mal-entendido que possa ter ocorrido”, finalizou o ex-BBB.
Leia a nota completa:
“Recentemente, surgiram informações de que, em 2014, fui inscrito no curso de Engenharia Agrícola no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha sob a modalidade de cotas para pessoas negras.
Esta nota tem como objetivo esclarecer as circunstâncias dessa inscrição e expressar minha posição a respeito.
A inscrição foi realizada por um terceiro, que cometeu um erro ao selecionar a modalidade de cota racial sem meu consentimento ou conhecimento prévio. Entendo a importância fundamental das políticas de cotas no Brasil.
Por isso, lamento profundamente qualquer impressão de que eu teria buscado beneficiar-me indevidamente dessa política, o que nunca foi minha intenção.
Reafirmo meu arrependimento por quaisquer transtornos causados e meu compromisso contínuo em ser defensor ativo da igualdade racial e social. Agradeço a oportunidade de esclarecer este assunto e peço desculpas por qualquer mal-entendido que possa ter ocorrido.
Denuncia
O ativista Antonio Isuperio, que trabalha em uma instituição internacional de Direitos Humanos, denunciou o Alegrete ao Ministério Público. As informações são do colunista Gabriel Perline.
No documento, revelado pelo colunista, Isuperio alega que o namorado de Isabelle cometeu o crime de falsidade ideológica e pede a prisão do rapaz. Ele ainda solicita que a instituição de ensino seja investigada.
“Que o indivíduo responda pelo crime de falsidade ideologica para adentrar a Universidade. A Faculdade e o Indivíduo devem ser responsabilizados. A Faculdade deve ser responsabilizada pela negligência e o indivíduo pelo crime de falsidade Ideológica”, declarou.
O pedido foi feito com base no Decreto-Lei nº 2.848 e no artigo 299: “Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante”.
A pena é de “reclusão de um a cinco anos, e multa, se o documento é público, e reclusão de um a três anos, e multa, se o documento é particular. Parágrafo único – Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, ou se a falsificação ou alteração é de assentamento de registro civil, aumenta-se a pena de sexta parte”, finaliza a nota.
Caso o Ministério Público aceite a denúncia, será instaurada uma investigação contra Matteus que pode resultar em uma denúcia à Justiça. Até o momento, ele não se manifestou sobre o assunto.
*Com informações do Metrópoles
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