Entra em vigor nesta sexta-feira (1.º) a maior alta nos preços dos remédios dos últimos 10 anos. Os medicamentos ficam, em média, 10,89% mais caros a partir de hoje. O anúncio foi feito, no dia 16 de março, pela Câmara de Regulação de Mercado de Medicamentos (CMED).
O reajuste deve acompanhar os índices inflacionários. O cálculo para os preços de medicamentos é feito anualmente pela Cmed. Segundo dados do IBGE, os valores de alimentos (23,15%) e transportes (22,28%) subiram bem mais do que os remédios no biênio.
No ano passado, as medicações sofreram elevação abaixo da inflação: 6,17%, ante os 10,06% acumulados pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPCA). Em 2020, ano de início da pandemia de covid-19, a inflação nos produtos chegou a ser negativa (-2,28%). Em 2022, o IPCA em 10,89% deverá servir de referência à projeção mínima de reajuste.
Cerca de 10 mil medicamentos estão na lista oficial. E a atualização dos valores é feita anualmente. No ano passado, o reajuste ficou em 9%, em média, com máxima de 10,08%.
Considerando o percentual máximo e não a média, em 2020, o reajuste foi de até 5,21% e, em 2019, os medicamentos ficaram até 4,33% mais caros. Em 2018, o percentual máximo foi menor ainda, de 2,43%, enquanto em 2017 foi de 4,76%.
Como economizar na compra de remédios
O reajuste vai pesar mais no bolso de muita gente. Para a Proteste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor), existem algumas formas de economizar na hora da compra. A primeira delas é pesquisar o preço dos medicamentos em mais de uma farmácia.
Outra forma de economizar é por meio de descontos oferecidos por planos de saúde ou por programas de fidelidade oferecidos pelas farmácias ou pelos laboratórios que produzem os medicamentos.
Dar preferência a medicamentos genéricos também pode ser uma boa saída para economizar. Neste caso, o ideal é pedir para que o médico faça a prescrição com base no princípio ativo e não pelo nome comercial, para que o consumidor consiga optar pelo genérico.
Falcão diz que vale a pena até procurar o remédio em diferentes unidades da mesma rede que, a depender da região, os preços podem ser diferentes.
Também existem remédios cadastrados no programa “Farmácia Popular”, com até 90% de desconto.
*Estado de Minas e UOL
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Edição web: Jonathan Ferreira
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