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Contexto

Canadenses pedem esforço de Jair Bolsonaro para destravar exploração de potássio em Autazes

Os canadenses acenam com a produção de 2,44 milhões de toneladas do minério de potássio por ano e garantem que a mina não é situada em terra indígena

Divulgação

Controlada pelo banco canadense Forbes & Manhattan, a mineradora Potássio Brasil continua a envidar esforços para destravar a mina de potássio situada em Autazes, no Amazonas, na mira do Ministério Público Federal há cinco anos.

Na semana passada, o presidente do conselho de administração da empresa canadense, Stan Bharti, juntamente com o presidente da Potássio, Adriano Espeschit, e o assessor de Assuntos Estratégicos, William Steers, se encontraram com o presidente Jair Bolsonaro, em Brasília, pedindo apoio às ações da empresa no Amazonas.

Os canadenses acenam com a produção de 2,44 milhões de toneladas do minério de potássio por ano e garantem que a mina não é situada em terra indígena, mas, sim, a 8 quilômetros da Terra Jauary.

Lucros à vista

No encontro com os canadenses, Bolsonaro mostrou-se otimista com a possibilidade do sucesso do projeto de exploração de potássio em Autazes, apesar das dificuldades impostas pelo MPF.

No início de março, representantes da Potássio Brasil estiveram com a ministra Tereza Cristina, da Agricultura, em Ottawa, no Canadá, mostrando as grandes vantagens dos negócios em virtude das demandas internacionais surgidas com a guerra entre Rússia e Ucrânia.

Um acordo firmado com a Justiça Federal exige dos canadenses uma consulta a 44 aldeias indígenas do povo Mura que vive no entorno da mina.

Pré-consulta

Na terça-feira passada, associações de indígenas Mura começaram uma pré-consulta para saber se os índios desejam ser consultados sobre a questão do potássio em Autazes.

Em audiências públicas, especialistas estão explicando detalhes do empreendimento aos indígenas para que estes decidam se devem ou não ser consultados efetivamente a respeito do imbróglio que se arrasta há cinco anos.

Bens da União

Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) asseguram não haver registro de jazidas de potássio em terras indígenas demarcadas e homologadas.

Conforme a análise, do pleno conhecimento do Serviço Geológico Brasileiro e da Agência Nacional de Mineração, a produção de fertilizantes minerais em Autazes, no Amazonas, assim como em Minas, Sergipe e São Pauloo, dispensa consulta aos indígenas, já que as terras em questão são bens da União.

Fabian empossado

Foi bastante concorrida a solenidade de posse do ex-secretário de Estado de Articulação Luis Fabian Pereira Barbosa, de 42 anos, como novo conselheiro do Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM), na manhã de ontem.

O governador Wilson Lima e o prefeito David Almeida prestigiaram o evento, juntamente com parlamentares e demais autoridades que lotaram o auditório da Corte de Contas.

“Desejo que Fabian preste um bom trabalho à sociedade, de sobremaneira ao controle externo da administração pública”, destacou o conselheiro-presidente da Corte, Érico Desterro, ao empossar Luis Fabian.

Pros abandona ZFM

De forma surpreendente, o Pros desistiu da ação que moveu junto ao Supremo Tribunal Federal contra o decreto presidencial que reduziu a alíquota do IPI em até 25%, atentando contra a competitividade da Zona Franca de Manaus.

A desistência da ação causou forte indignação nas redes sociais.

Governo turbina

Após dois anos parado em consequência da pandemia do coronavírus, o Festival Folclórico de Parintins voltará com força total em junho, , em sua 55ª edição, promete o governador Wilson Lima.

A previsão é de que o evento, nos dias 24, 25 e 26 de junho, injete entre R$ 80 e R$ 100 milhões na economia do município.

Nova fase

Em nova fase, a entrega dos cartões do Auxílio Estadual Permanente para famílias em situação de pobreza e extrema pobreza está sendo intensificada na cidade de Manaus.

Na segunda-feira (4), o Governo do Estado entregou 1.177 cartões e seguirá repassando o benefício até sexta-feira (08), contemplando 14.221 famílias com o recurso de R$ 150 mensais.

Carta marcada

Conforme o jornal O Globo, o jogo sucessório na Petrobras embaralhou de vez com a descoberta das ligações de Rodolfo Landim e Adriano Pires com o empresário Carlos Suarez, personagem de história controvertida no Amazonas.

Em tempos recentes, Suarez foi alvo de ácida contenda com o ex-deputado estadual Josué Neto, que acusou o empresário de pagar propina para influenciar a votação da nova legislação sobre gás natural no Estado.

O empresário levou a briga para a esfera do Superior Tribunal de Justiça (STJ) acusando Josué de injúria e difamação. Mas o processo foi rejeitado março de 2021 na Corte de Justiça.

Contas na Suíça

Carlos Suarez também teve problemas com o Ministério Público Federal de Brasília.
Autoridades suíças bloquearam uma conta da empresa Termogás Internacional, do empresário, sob a suspeita de lavagem de dinheiro apontada pela operação Lava-Jato.

Na Bahia, o MPF e o Ministério Público Estadual acusaram Suarez de crime de degradação ambiental na Ilha dos Frades. O caso data de 2010 e permanece inconcluso.

Alfredo esclarece

Segundo o presidente estadual do PL, Alfredo Nascimento, não é questão fechada dentro do partido a indicação de vice na chapa encabeçada pelo governador Wilson Lima, que postula a reeleição.

O esclarecimento desfaz uma central de boatos que garantiu nas redes sociais que o vice sairia das fileiras liberais. Os boatos não procedem, diz Nascimento.

Mizoguchi Cidadão

O engenheiro Issao Mizoguchi, que atuou como CEO da Honda na América do Sul, é o mais novo agraciado com o Título de Cidadão do Amazonas pela Assembleia Legislativa. O autor da distinção foi o deputado Serafim Corrêa (PSB).

Ao agradecer a homenagem realizada ontem, Mizoguchi alfinetou o Governo Federal ao lamentar as constantes reduções da alíquota de IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados), prejudicando as empresas que operam no PIM.

Açaí ameaça

Pesquisa do biólogo paraense Madson Freitas, juntamente com um grupo de cientistas, aponta o açaí como a mais nova ameaça à integridade da biodiversidade amazônica.

Responsável por milhões de dólares de lucros aos seus produtores e milhares de empregos a famílias ribeirinhas, o cultivo da fruta aumenta os campos de monocultura, colocando em risco a floresta no Estado do Pará.

Negócio lucrativo

Segundo dados da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), o Brasil concentra 85% da produção mundial de açaí, com uma média de 1,5 milhão de toneladas entre 2015 e 2020. A maioria da produção é exportada.

O Pará é responsável por 95% desse total. São cerca de 212 mil hectares dedicados ao cultivo da fruta em terra firme ou áreas de várzea.

O Pará respondeu por 94% dos embarques, gerando cerca de US$ 13,2 milhões (R$ 68,7 milhões). Ao todo, o Estado passou de uma produção de 756,4 mil toneladas em 2010 para 1,3 milhão em 2019.

Rios contaminados

Estudo realizado pelo Projeto Silent Amazon (Amazônia Silenciosa) mostrou a contaminação dos rios Amazonas e Tapajós por produtos farmacêuticos, incluindo analgésicos, antibióticos e anti-inflamatórios.

A poluição química nos córregos urbanos é cem vezes maior do que nos grandes rios próximos a cidades como Manaus, Belém, Santarém e Macapá.

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