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Editorial

Polarização inevitável

Outro fator que estimula a polarização é o desencanto com o outrora “deus” da Operação Lava Jato

Divulgação

Ao que tudo indica, parece inevitável o fortalecimento da polarização entre o presidente Jair Bolsonaro e o petista Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente da República, ex-presidiário e atualmente líder das aferições eleitorais com vistas à disputa pelo Palácio do Planalto neste ano de 2022.

Com a gangorra em que se meteu o ex-juiz Sérgio Moro na corrida, e com o vai e vem do governador paulista João Dória no PSDB, tudo leva a crer que a chamada terceira via não conseguirá emplacar um nome capaz de agradar e unir gregos e troianos até o início das convenções partidárias em julho.

Com 8% das intenções de voto, Moro patina nos números e cada vez mais comete trapalhadas neste atual estágio da batalha pelo Palácio do Planalto. Para assegurar algum protagonismo nas eleições deste ano, terá mesmo que se lançar candidato à Câmara Federal ou ao Senado, e isso se a cúpula do União Brasil permitir.

Quanto a Dória, também em baixa nas pesquisas eleitorais, está sendo obrigado a fazer verdadeiras acrobacias para unir o tucanato em torno do seu nome. Trata-se de tarefa hercúlea, quase impossível, tendo em vista a proximidade das convenções partidárias.

Outro fator que estimula a polarização é o desencanto com o outrora “deus” da Operação Lava Jato, uma espécie de símbolo místico da moralidade nos tempos em que mandou Lula para a prisão em Curitiba. Hoje, Moro muda de partido como quem troca de camisa e realiza mil peripécias para garantir presença oficial na política nacional, seja no Planalto, seja no Congresso. Por isso, a polarização Bolsonaro x Lula é inevitável.

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