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Preocupação

Bairros da Zona Sul de Manaus amanhecem com qualidade do ar ‘muito ruim’ neste sábado (10)

APP Selva monitora a qualidade do ar na capital amazonense

Fumaça foi registrada em diversas zonas da cidade. Foto: Leonardo Sena

O Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (Selva), apontou que, na manhã deste sábado (10), alguns bairros da Zona Sul de Manaus amanheceram com a qualidade do ar considerada muito ruim.

Entre os bairros Aparecida e Morro da Liberdade, por exemplo, o nível de poluição chega a 89.5 de concentração de MP2.5 (µg/m3).

Já nos bairros Dom Pedro, Compensa, Parque Dez de Novembro, e alguns trechos do Morro da Liberdade, a qualidade do ar é considerada ruim.

Foto: APP Selva

Crise na saúde pública

Com a temporada de queimadas na Amazônia, Manaus se prepara para enfrentar os graves efeitos da fumaça que deverá encobrir a cidade nos próximos meses. Especialistas alertam para os riscos à saúde pública e discutem as medidas necessárias para minimizar o impacto deste fenômeno.

No mês de julho deste ano, o número do foco de queimadas no Amazonas foi de 3.113 – do primeiro dia do mês ao dia 29. Em relação a julho do ano passado, que registrou 1.621 casos, a diferença do período em números reais é de 1.492. Os números são do Programa de Queimadas BDQueimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

O período de julho a setembro, conhecido como “verão amazônico”, é marcado pela redução das chuvas e o aumento das temperaturas. Segundo o meteorologista Gustavo Ribeiro, o prolongamento da seca, aliado a temperaturas elevadas e baixa umidade, deixa os biomas amazônicos vulneráveis, elevando risco de incêndios florestais.

“Nesse período, temos, climatologicamente, a atuação de uma massa de ar quente e seca sobre o Brasil central, abrangendo também o centro-sul da Amazônia Legal. Em junho e julho, essa massa de ar seco se intensificou, aumentando a escassez de chuvas, principalmente, no centro-sul da região”, disse.

Saúde

A fumaça gerada pelas queimadas representa uma séria ameaça à saúde pública. De acordo com o pneumologista Dr. David Luniere, a inalação de partículas tóxicas pode agravar doenças respiratórias, especialmente em crianças, idosos e pessoas com condições pré-existentes, como asma e bronquite.

“Os principais efeitos na saúde respiratória são problemas de tosse, sensação de falta de ar, dor ou desconforto torácico, com sensação de aperto no peito. Em pessoas que já têm doença respiratória ou predisposição, isso vai levar a uma exacerbação dos seus sintomas com a necessidade de idas ao pronto-socorro ou otimização da terapia de uso habitual, inalatória ou oral”, explicou o pneumologista.

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