Para combater a doença, a diabetes tipo 2, uma equipe de cientistas desenvolveu um tratamento com ultrassom que descarta a necessidade de injetar o hormônio ou utilizar medicamentos. Os resultados foram publicados em 31 de março na revista Nature Biomedical Engineering.
O ultrassom foi utilizado para estimular vias neurometabólicas específicas no corpo do paciente, prevenindo ou revertendo o aparecimento da diabetes.
Ao todo, os pesquisadores testaram o invento em três modelos pré-clínicos diferentes, medindo o efeito do tratamento na glicose no sangue.
“Embora já tenhamos uma grande variedade de medicamentos antidiabéticos disponíveis para tratar altos níveis de glicose, estamos sempre procurando novas maneiras de melhorar a sensibilidade à insulina na diabetes”, explica Raimund Herzog, líder de laboratório da Escola de Medicina de Yale, nos Estados Unidos, que realizou o estudo junto a outras instituições.
Os pesquisadores utilizaram um tipo de tecnologia chamada estimulação de ultrassom com foco periférico (da sigla em inglês, pFUS) para modular uma via nervosa entre o fígado e o cérebro, evitando ou atenuando estados de hiperglicemia em modelos com diferentes espécies de animais.
O canal iônico TRPA1, como é chamado, mostrou-se essencial na reprodução dos estímulos do ultrassom dentro do “circuito de controle do metabolismo” das cobaias, segundo os pesquisadores.
O tratamento demonstrou resultados promissores e não deve exigir o uso de medicações adicionais.
A equipe espera agora realizar testes de viabilidade em humanos diabéticos para aproximar a medicina de uma realidade na qual não haverá mais necessidade de injetar a insulina e nem tampouco realizar testes de glicose no sangue dos pacientes. Só o tipo 2 da doença atinge cerca de 90% das pessoas com diabetes, segundo a SBD.
“Se nossos ensaios clínicos em andamento confirmarem a promessa dos estudos pré-clínicos relatados neste artigo, e o ultrassom puder ser usado para reduzir os níveis de insulina e glicose, a neuromodulação do ultrassom representaria uma adição emocionante e totalmente nova às opções atuais de tratamento para nossos pacientes”, conta Herzog, em comunicado.
*Brasil Amazonia Agora
Edição Web: Bruna Oliveira
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Muito boa reportagem, maravilha Glória DEUS, DEUS abençoe esses cientistas para que eles consigam ser bem sucedidos nessa descoberta.