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Susto

Mulher registra B.O. e descobre que estava desaparecida há mais de 10 anos

Mesmo com registro de sumiço na polícia, ela conseguiu tirar carteira de trabalho, CPF, passaporte, casou no civil e registrou uma filha

Foto: Reprodução

A costureira Dayanara Spring, de 30 anos, descobriu que seu nome constava na lista de desaparecidos da polícia, no momento que registrava um boletim de ocorrência após ser assaltada, em Curitiba (PR).

“O policial me disse que meu nome constava no banco de dados de pessoas desaparecidas há 11 anos”, contou ao Uol.

Como ela tinha acabado de voltar de uma viagem que fez à China, pensou que pudesse ter havido alguma confusão, mas a realidade é que ela era considerada desaparecida desde 2008 porque uma tia registrou uma queixa quando elas ainda moravam em Toledo, cidade do oeste do Paraná. Ou seja, ela estava desaparecida há 16 anos, mais tempo do que o policial informou.

“Quando eu tinha 13 anos, morava com uma tia e decidi fugir para a casa de uma amiga. Coisa de adolescente, sabe? Quando a mãe da minha amiga soube que eu tinha fugido, me levou ao Conselho Tutelar”, conta ela.

“Eles já tinham o registro do desaparecimento e chamaram a minha tia. Voltei para casa e segui a vida”, completou.

O que Dayanara não imaginava é que a polícia não tinha atualizado a situação em seu banco de dados, já que depois desse registro de desaparecimento ela conseguiu tirar carteira de trabalho, CPF, passaporte, e até se casou no civil e registrou uma filha.

“Em nenhum momento fui informada sobre estar desaparecida, somente quando fiz o boletim de ocorrência”, conta ela, que pediu explicações e ouviu que como Toledo era uma cidade pequena e usava registro de papel em 2008, o sistema demorou de ser atualizado – o que só ocorreu há 11 anos, em 2013 – e deve ter havido falha na hora de dar baixa.

Para dar baixa no registro de desaparecimento, ela foi até a Delegacia de Proteção à Pessoa da Polícia Civil do Paraná e conseguiu um documento comprovando que ela foi removida da lista.

O caso foi resolvido em 2019 e ela contou a história recentemente no TikTok.

Diante do seu caso inusitado, a paranaense conta que ficou reflexiva sobre casos em que pessoas somem de verdade. “Eu achei tudo confuso. Onze anos e ninguém procurou por mim? E se eu tivesse sido sequestrada? Nunca foram atrás ou investigaram? A impressão que fica é que o nome estava lá e ninguém fez nada.”

*Com informações do Jornal Correio

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