Para atender a demanda da indústria do Amazonas nos próximos três anos, será necessário qualificar 175 mil profissionais entre 2025 e 2027, segundo o Mapa do Trabalho Industrial.
O levantamento é elaborado pelo Observatório Nacional da Indústria (ONI) da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O número contempla a necessidade de formação de 26 mil novos profissionais e de requalificação de 149 mil que já estão no mercado.
A projeção considera o crescimento da economia e do mercado de trabalho. O estudo é uma importante ferramenta de inteligência para subsidiar as ações de planejamento de oferta do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).
O presidente do Conselho Regional do SENAI Amazonas, Antonio Silva, observa que o Mapa do Trabalho Industrial é importante para o planejamento de cursos profissionalizantes e quais as ocupações estão em alta no mercado. No Amazonas, destacam-se as áreas logística e transporte, construção, metalmecânica eletroeletrônica.
Segundo o Mapa do Trabalho Industrial, o estado precisará de 25 mil trabalhadores com uma nova formação para atender o ritmo de criação de empregos e a reposição de trabalhadores que deixarão o mercado de trabalho formal.
As projeções para Amazonas também mostram que 149 mil trabalhadores precisarão de treinamento e desenvolvimento para atualizarem as competências nas funções que já desempenham na indústria e que também são demandadas por outros setores no Brasil.
A atualização envolve o desenvolvimento de competências em dimensões como hard skills (habilidades técnicas como domínio de máquinas, equipamentos e softwares), soft skills (competências comportamentais como pensamento crítico, inteligência emocional, criatividade e inovação) e ações de saúde e segurança no trabalho (como inspeção de instalações, normas e regulamentos), para que os trabalhadores contem com as habilidades necessárias para desempenhar as funções de maneira eficaz e segura.
Demanda por profissionais
De acordo com o Mapa de Trabalho Industrial, entre 2025 e 2027, as áreas com maior demanda por profissionais serão:
Logística e Transporte (44 mil), com oportunidades para técnicos de controle da produção, motoristas de veículos de cargas, almoxarifes e armazenistas, entre outros;
Metalmecânica (18 mil), com a necessidade de montadores de veículos automotores (linha de montagem); trabalhadores de soldagem e corte de ligas metálicas; trabalhadores da pintura de equipamentos, veículos, estruturas metálicas e de compósitos, e mais;
Eletroeletrônica (18 mil), para atuar como montadores de equipamentos eletroeletrônicos; e supervisores de montagens e instalações eletroeletrônicas.
Operação industrial (16 mil), que são profissionais que atuam como alimentadores de linhas de produção, embalagem, etiquetagem, trabalhadores de cargas e descargas de mercadorias; construção (13 mil), para atuar como profissionais na operação de máquinas de terraplanagem, ajudante de obras civis, trabalhadores de estruturas de alvenaria, fundações, entre outros.
As ocupações correlatas são categorizadas pelo caráter transversal e pela relevância para os diferentes setores, como cientistas de dados e engenheiros da computação.
“Esse enfoque em toda a indústria, com a soma das ocupações estratégicas para os demais setores, possibilita uma abordagem integrada da promoção da formação profissional, refletindo a alta interdependência entre os setores”, explica a especialista em Mercado de Trabalho do ONI e responsável pela elaboração do Mapa do Trabalho Industrial, Anaely Machado.
*Com informação da assessoria
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