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Opinião

Laços de Família e a Síndrome do Ninho Vazio

A síndrome do ninho vazio é um momento doloroso. Os pais muitas vezes experimentam grande sofrimento emocional

As famílias sempre buscaram fortalecer os laços. E apesar de toda cumplicidade é natural com o decorrer do tempo a ocorrência de mudanças na ordem familiar. Os filhos crescem, saem de casa e passam a viver suas vidas longe dos pais. O que pode ser um problema, principalmente quando é acompanhado de um sentimento de tristeza e melancolia. A chamada Síndrome do Ninho Vazio.

Essa relação de proximidade é uma característica marcante dos povos de origem latina como o nosso. Filhos, pais, netos e avós mantem íntimo contato, por vezes morando juntos ou nas redondezas. Mais que falta de opção, uma decisão de se manterem juntos, coisa que não acontece com frequência em países de origem anglo-saxônica como os Estados Unidos, onde os jovens são impelidos a seguirem seu caminho desde muito cedo.

A síndrome do ninho vazio é um momento doloroso. Os pais muitas vezes experimentam grande sofrimento emocional, acompanhado da sensação de perda da função dentro do núcleo familiar. Por sorte, vale lembrar, que nem todos tem essa percepção. O que é favorável, na medida que a saída de um membro é um evento e requer tempo de adaptação.

É importante que os pais compreendam a situação. O primeiro passo é aceitar o momento e tentar criar foco em novas rotinas. Manter contato, mesmo que a distância, ajuda bastante e caso haja dificuldade em superar o período, logicamente, procurar ajuda especializada.

Não é de hoje que novos hábitos da sociedade impactam as famílias. No mundo atual, com as diversas mudanças, os filhos amadurecem cedo, e como um pássaro, criaram asas e seguem seu destino. Faz parte do ciclo natural. Manter os laços de família fortalecidos ajuda a superar o momento. E se for seu caso, a síndrome do ninho vazio, fique tranquilo é uma fase, vai passar.

*Artigo de opinião de Swammy Mitozo

*Médico oftalmologista. Tem formação em Oftalmogeriatria, com especialização em Gerontologia e Saúde do Idoso. Atua como diretor clínico na Policlínica Codajás, é coordenador e pesquisador no ambulatório de oftalmologia na FUnATI (Fundação Universidade Aberta da Terceira Idade ) e cursa mestrado em Doenças Tropicais e Infecciosas pela Fundação de Medicina Tropical (UEA/FMT – HVD)

Edição Web: Bruna Oliveira

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