O Instituto de Computação da Universidade Federal do Amazonas (IComp/Ufam) alcançou um marco histórico na Maratona de Programação da Sociedade Brasileira de Computação (SBC), trazendo para o estado a primeira medalha de ouro da região Norte na competição, realizada em João Pessoa (PB), entre os dias 7 e 10 de novembro.
A equipe, batizada de “Provado por AC”, alcançou o 4º lugar geral entre 63 times de todo o Brasil, garantindo o ouro, entregue para as quatro melhores equipes, e a 9ª posição entre 525 equipes de toda a América Latina.
Composta por Raquel Folz, Fernando Neder, Jônatas Azevedo e João Alfredo Bessa, a equipe brilhou sob a orientação da professora Rosiane de Freitas com o apoio do co-coach Thailsson Clementino, ex-maratonista e atual mestrando no Programa de Pós-Graduação em Informática (PPGI) da Ufam.
Agora, o time se prepara para representar o Brasil na Etapa Latino-Americana, que ocorrerá de 12 a 17 de março de 2025, na Bahia.
A Maratona de Programação é a etapa brasileira da competição “International Collegiate Programming Contest (ICPC)”, desafiando estudantes a solucionar problemas complexos em tempo limitado, testando ao máximo habilidades em algoritmos, resolução de problemas e trabalho em equipe sob pressão.
No dia 14 de novembro, durante uma cerimônia realizada no IComp, a equipe comemorou a conquista ao lado da comunidade acadêmica e relembrou a trajetória do grupo na competição.
A professora Rosiane de Freitas destacou a importância da conquista do IComp, classificando-a como um feito histórico.
Para ela, o desempenho dos estudantes reflete diretamente a solidez do trabalho acadêmico realizado no IComp, que conta com cursos de graduação e pós-graduação de excelência.
“É um feito histórico, espetacular. Trata-se de uma competição que reúne os maiores talentos em computação do mundo, verdadeiros cérebros reconhecidos na área, e termos alcançado um destaque nacional e latino-americano é algo fenomenal. Isso só reforça que temos um instituto fortíssimo, com cursos de graduação e um programa de pós-graduação de excelência, reconhecidamente. E isto pode ser comprovado concretamente na qualidade dos alunos formados e em todas as nossas ações, como nessas competições científicas de programação. É para que todos acreditem e saibam que, aqui no Norte, no Amazonas e na UFAM, temos talentos para o mundo ver”, afirmou.
O Diretor do IComp, professor José Luiz de Souza Pio, ressaltou a importância da conquista durante a comemoração, parabenizando a equipe por sua dedicação e destacando o impacto positivo do trabalho realizado no instituto.
“É um trabalho que tem resultado extremamente positivo, digno e honroso. O IComp não poderia deixar de celebrar este momento. Temos aqui os nossos medalhistas, que, sem dúvida, servirão de exemplo para todos nós. Agora, a responsabilidade é ainda maior: ganharam o nacional, agora vem o latino-americano e o mundial. Existe um ditado que diz ‘treinamento duro, combate fácil’. E olha aí o resultado, ainda que eu saiba que o combate não foi nada fácil!”, declarou.
Para Jônatas Azevedo, membro da equipe medalhista, a conquista representa o resultado de anos de esforço e dedicação.
“É um processo meio árduo, né? Eu já estou nessa caminhada há seis anos e nunca pensei que conseguiria um título ou algo do tipo, mas foi surpreendente. Depois de três anos estudando todo sábado, dedicando um pouco do meu tempo e da minha vida para a Maratona de Programação, conquistar um ouro e ainda representar a UFAM como um dos melhores times do Brasil, além de avançar para a etapa latino-americana, é algo incrível.”
Thailsson Clementino, coach da equipe, refletiu sobre o compromisso e a determinação que guiaram o time ao longo do caminho. “Basicamente, para chegar na medalha de ouro foi um processo longo, com mais de um ano treinando todos os sábados e feriados, vindo para a universidade, resolvendo e discutindo problemas. Ganhar foi uma recompensa por todo esse esforço, agora vamos treinar ainda mais para conquistar a Latino-Americana e chegar ao Mundial”, afirmou.
Na ocasião, a professora Rosiane de Freitas também destacou outras conquistas alcançadas pelo instituto neste ano, incluindo a medalha de ouro do estudante de medicina Luan Gabriel, que integra o grupo de programação competitiva do IComp, na Olimpíada Brasileira de Informática (OBI); e a conquista do 1° e 2° lugar da região Norte, respectivamente, durante as finais da Maratona de Programação Feminina (MFP) 2024 pela estudantes Ana Carla Fernandes, de Ciência da Computação, e Ana Carolina Freitas, de Engenharia de Software.
“Eu passei muito tempo praticando e quando fiz a terceira fase (Final Brasileira da OBI), eu saí muito feliz porque eu dei o meu melhor. O ouro realmente foi uma surpresa para mim, eu não acreditei. A expectativa para o ano que vem é muito grande, espero continuar estudando e tentar trazer agora uma medalha da Maratona de Programação”, contou Luan.
*Com informações da assessoria
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