O senador Eduardo Braga (MDB-AM), relator do principal projeto de regulamentação da reforma tributária, apresentou oficialmente o seu parecer nesta segunda-feira (9). Ele manteve a isenção para carnes, incluída pelos deputados por meio de destaque na votação na Câmara.
As proteínas (bovina, suína, ovina, caprina e de aves, além de peixes) constam na lista de produtos destinados à alimentação humana com alíquotas zero dos novos impostos.
O texto foi protocolado no sistema do Senado e deve ser lido em reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) de tarde. A expectativa é que o relatório seja votado na comissão na quarta-feira (11). A intenção do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), é levar a proposta no mesmo dia ao plenário e votá-la até quinta-feira (12).
O projeto regulamenta a aplicação do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), e do Imposto Seletivo (IS), os novos tributos criados pela reforma tributária sobre o consumo promulgada em 2023.
Na reta final das negociações, Eduardo Braga teve reuniões com técnicos do Ministério da Fazenda e buscou interlocução com a Câmara dos Deputados. Após passar pelo Senado, o projeto retornará à Casa, já que Braga fez alterações no texto. O texto foi aprovado em julho na Câmara. No Senado, foram apresentadas 1998 emendas ao projeto.
A proposta é uma das prioridades do governo neste ano. Os novos tributos vão substituir, de forma gradual, cinco impostos cobrados atualmente (PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS). De acordo com o texto aprovado pela Câmara, a alíquota geral da reforma tributária, composta pela soma do IBS e da CBS, é estimada entre 26,5% e 28%.
*Com informações da CNN Brasil
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