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Senadores do Amazonas podem integrar o mesmo partido após fusão entre PSDB e PSD

Possibilidade tem gerado opiniões divididas entre os membros dos partidos

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Os senadores Omar Aziz (PSD) e Plínio Valério (PSDB) podem em breve fazer parte do mesmo partido, devido às negociações em andamento para uma possível fusão entre o PSDB de Valério e o PSD de Omar.

Embora a discussão ainda esteja em tratativas iniciais, a possibilidade tem gerado opiniões divididas entre os membros dos partidos.

O senador Plínio Valério, presidente do PSDB no Amazonas, expressou sua preocupação em relação à fusão. “Eu vejo com preocupação essa possível fusão, mas não há nada certo sobre isso. O assunto não foi debatido na executiva”, afirmou Valério em entrevista.

Apesar dessa posição, o cacique do PSDB, ao falar com o Estadão, indicou que a fusão está bem avançada e que pode ser uma alternativa viável. “Nós precisamos crescer e a fusão, incorporação ou federação podem ser alternativas”, disse.

Por outro lado, o senador Omar Aziz, presidente do PSD no Amazonas, também se manifestou sobre o tema, afirmando que ainda precisa conversar com Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, antes de tomar qualquer decisão. “Ainda não sei detalhes sobre a fusão”, disse Aziz.

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No plano nacional, a proposta de fusão entre os dois partidos tem ganhado força, especialmente diante da necessidade de sobrevivência à cláusula de barreira, que impõe limites para a permanência dos partidos na Câmara dos Deputados. A fusão pode ser uma estratégia para o PSDB, que enfrenta dificuldades em manter sua representatividade no Congresso.

Plínio Valério, no entanto, continua cético. Para ele, uma fusão com o PSD, um partido significativamente maior, poderia ser prejudicial para o PSDB.

“É preocupante. Até porque o PSD tem muitas raposas felpudas”, referindo-se à experiência política do PSD. Apesar de sua preocupação, Valério acredita que o assunto será tratado em breve na executiva do PSDB, onde ele espera um debate mais profundo.

Em defesa da fusão, o deputado Sidney Leite, do PSD, afirmou que a proposta visa garantir a sobrevivência dos partidos no cenário político atual.

“Com a cláusula de barreira, a cada eleição, a tendência é diminuir o número de partidos. E esse é um debate que sempre estará presente”, disse Leite, ressaltando que o PSD é um partido de diálogo, que busca construir uma política pública mais eficaz.

A fusão entre o PSDB e o PSD se insere em um contexto de reconfiguração política, onde a busca por maior representatividade e sobrevivência no parlamento se torna cada vez mais urgente.

A cláusula de barreira, que exige que os partidos obtenham um número mínimo de votos nas eleições para a Câmara dos Deputados, é um fator que está impulsionando essas conversas.

Embora ainda haja resistência e preocupações, especialmente no PSDB, a fusão segue sendo uma possibilidade real, com implicações significativas para o futuro político dos dois partidos.

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