A Serasa lançou uma atualização que promete impactar a economia brasileira em até R$ 13 bilhões: a atualização em tempo real do Serasa Score. Esse valor representa o potencial de consumo que pode ser desbloqueado com a facilitação do acesso ao crédito.

A partir de fevereiro, o score de crédito será atualizado instantaneamente após o pagamento de dívidas, principalmente via Pix pelo aplicativo da Serasa.

A novidade foi anunciada, nesta quinta-feira (16), em coletiva online pelo diretor de serviços de crédito, Giresse Contini, e o economista-chefe Luiz Rabi.

As classes C, D e E, principalmente no Norte e Nordeste, devem ser as mais impactadas, devido às maiores taxas de inadimplência nessas regiões.

“A Serasa não necessita mais depender do credor para avisar a empresa que a dívida foi paga. Agora temos acesso à informação do pagamento e fazemos a baixa da negativação. No mesmo instante, será possível atualizar o score que o consumidor vê e, mais importante, o score que todo o mercado vê para análise de crédito”, celebra Contini.

Essa mudança visa beneficiar o consumidor, com a melhora do score refletindo imediatamente após a quitação.

O sistema informava a Serasa, que pegava e recebia a informação da baixa para atualizar os dados. Esse processo, no mercado, demorava. Agora, a Serasa está trazendo uma solução que consegue unificar a baixa instantânea da negativação com a atualização em tempo real do score, dando ao usuário novas possibilidades”, destaca Contini, chamando a iniciativa de “nova era do crédito”.

Rabi destaca o impacto positivo para o mercado de crédito e para a economia. “O mercado de crédito passará a funcionar de uma forma muito mais eficiente do que funciona atualmente”. Ele estima o impacto potencial de R$ 13 bilhões, equivalente ao movimentado pelo varejo no Dia das Mães do último ano.

“A nova solução, que permite que as pessoas consigam, em tempo real, regularizar sua negativação, atualizar seu score e, no mesmo instante, recuperar o acesso ao crédito, tem o potencial de gerar um consumo de R$ 13 bilhões, o equivalente ao que o varejo movimentou no Dia das Mães do último ano”, explica.

No contexto macroeconômico de 2025, Rabi observa que a medida pode mitigar a desaceleração econômica.

“As projeções de crescimento [para 2025] estão girando em torno de 1,5% a 2% para o crescimento econômico brasileiro este ano. A nova medida não vai salvar o PIB, mas vai fazer com que a desaceleração prevista para este ano seja um pouco menor do que o que os economistas estão prevendo”, comenta, estimando um aumento de 0,01% no PIB.

Os setores que lidam diretamente com crédito, como varejo, imobiliário e automotivo, serão os mais beneficiados.

“As pessoas usam o crédito basicamente para trocar uma dívida velha e cara por outra mais barata, aumentar patrimônio ou adquirir bens, como veículos e bens duráveis. Por exemplo, o setor de móveis movimenta toda a construção civil e o setor de veículos movimenta toda a indústria automotiva e suas cadeias. Então, de certa forma, todos serão impactados”, explica Rabi.