Neste sábado (15), o longa-metragem “Sete Cores da Amazônia” será exibido na Cinemateca Brasileira, em São Paulo, como parte do programa Sábado Infantil 2025. A produção dirigida por Ana Lígia Pimentel tem como base a História em Quadrinhos de mesmo nome, escrita por Ademar Vieira, e combina fantasia, cultura regional e temáticas voltadas ao público infantojuvenil, mas também conquista os adultos com sua sensibilidade e riqueza visual. A sessão acontece às 15h, na Sala Grande Otelo, com entrada gratuita.
O longa já passou por festivais nacionais e internacionais, foi indicado ao Montreal Independent Film Festival, exibido na Mostra Livre Internacional de Cinema e na Mostra Cine Glocal, além de ter sido aprovado com o Selo Bechdel-Wallace, que valoriza narrativas protagonizadas por mulheres.
Visibilidade
Para a diretora Ana Lígia Pimentel, a exibição na Cinemateca representa não apenas um feito para a equipe envolvida, mas para o cinema independente da região Norte, que ainda enfrenta desafios para ter visibilidade no cenário nacional.
“Foi uma grande honra, há anos uma produção 100% amazonense não era exibida no espaço, o que torna o momento ainda mais especial”, afirma a diretora.
O processo de criação do filme começou em 2018, quando a HQ “Sete Cores da Amazônia” foi lançada pelo estúdio independente Black Eye. Em 2020, o projeto foi contemplado em primeiro lugar no Edital Prêmio Feliciano Lana, viabilizado pela Lei Aldir Blanc.
A produção durou cerca de 20 dias e contou com gravações na Reserva do Tupé, em comunidades ribeirinhas, além do Centro e bairros de Manaus, como o Educandos. Todo o elenco é formado por atores amazonenses.
“A presença de ‘Sete Cores da Amazônia’ na Cinemateca Brasileira é um avanço significativo para o audiovisual do Amazonas. O estado ainda enfrenta dificuldades na difusão de suas produções, muitas vezes ficando restrito a exibições locais e circuitos alternativos”, comenta Ana Lígia. “A sensação de romper fronteiras é absoluta”.
Novo projeto
Ana Lígia Pimentel conta que, atualmente, trabalha em seu próximo projeto, o longa-metragem “Usa Voz”, contemplado no edital da Lei Paulo Gustavo. A nova produção, que mistura ficção e documentário, aborda a maternidade precoce no Amazonas e conta com narração da atriz Maria Ribeiro.
“Esse filme também vai causar grande impacto. Foi todo gravado aqui no estado, com um roteiro totalmente amazonense e estamos finalizando para estrear ainda este ano”, declara a diretora.
(*) Com informações da assessoria
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