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Luta

Caso Deusiane completa 10 anos e manifestação cobra julgamento dos acusados pelo crime

Caso tramita na Justiça do Amazonas há exatos 10 anos

Fotos: Raphael Alves/TJAM e Miguel Almeida

Uma marcha de mulheres cobrou nesta terça-feira (1º), em frente ao Fórum Ministro Henoch Reis, em Manaus, o julgamento e a punição dos acusados pela morte da policial militar Deusiane da Silva Pinheiro, que tinha 26 anos à época.

Deusiane Pinheiro foi achada morta com perfuração de arma nas dependências do Pelotão Ambiental, em Manaus, no dia 1º de abril de 2015. Segundo os relatos de familiares, a policial sofria perseguição por parte de um outro agente. Em 2017, ele e outros quatro PMs foram denunciados pelo crime. A mãe da vítima, dona Antônia Assunção, virou um símbolo da luta contra a violência contra a mulher no estado. A tese da família é que houve feminicídio. A cena do crime também teria sido manipulada, para acobertar o autor.

Luta

Segundo a deputada estadual Alessandra Campelo (Podemos), o caso tramita na Justiça do Amazonas há exatos 10 anos e a Procuradoria da Mulher da ALEAM, órgão da rede de proteção à mulher no estado, dá suporte social, psicológico e jurídico à família e acompanha todas as etapas do processo. O feminicídio de Deusiane Pinheiro é acompanhado pela deputada Alessandra desde abril de 2015, ano em que assumiu o seu primeiro mandato na Casa.

“Dona Antônia transformou a dor de perder a sua filha, vítima de um crime bárbaro, numa causa, numa luta que une todas as mulheres do Amazonas. Acompanho esse caso há 10 anos e a Justiça dos homens precisa ser feita, porque a Justiça de Deus com certeza não vai falhar. A Procuradoria da Mulher apoiou essa marcha, esse protesto porque acreditamos que nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada. Lugar de feminicida é na cadeia e o autor e seus acobertadores precisam ser julgados”, disse a Procuradora da Mulher.

Dona Antônia, de megafone na mão, era a expressão das mulheres e famílias que sofrem com a pandemia de violência. Ela revelou que perdeu as contas de quantas manifestações já fez nessa romaria em busca de justiça pela filha. A ativista clamou para que o Poder Judiciário e o Ministério Público se posicionem sobre o caso.

“São 10 anos de sofrimento, mendigando por justiça, e não vou desistir até que todos os acusados sejam julgados e condenados. Basta de ódio contra as mulheres. As autoridades precisam dar uma resposta à covardia cometida contra a minha filha e, mesmo sofrendo ameaças, não vou me calar”, disse dona Antônia Assunção.

(*) Com informações da assessoria

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